Mesmo depois de morto, Olavo de Carvalho é citado como ‘guru’ de organização criminosa em inquérito do STF

Mais de dois anos após sua morte, o nome do filósofo Olavo de Carvalho voltou a ser mencionado em uma investigação criminal. Documentos obtidos pela Polícia Federal (PF) e anexados ao inquérito sobre um suposto golpe de Estado citam Olavo como ‘guru’ de uma organização criminosa.

A referência aparece em uma publicação no Instagram, feita pelo jurista Amauri Feres Saad, em 25 de janeiro de 2022, dia da morte do filósofo. Na imagem, Olavo segura um dos livros de Saad.

Investigação aponta influência de Olavo de Carvalho
Segundo os investigadores, a influência das ideias de Olavo de Carvalho teria sido um dos elementos estruturantes do grupo acusado de promover os supostos ataques às instituições democráticas.

Nesta quarta-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo do acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com a delação de Cid, o jurista Amauri Feres Saad teria influenciado grupos investigados por tentativas de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Saad escreveu sobre o artigo 142 da Constituição, tese utilizada por apoiadores de Bolsonaro para justificar um suposto golpe de Estado.

Discussões sobre o artigo 142 e encontros no Alvorada

Em um grupo de WhatsApp chamado “Dosssss!!!”, integrantes discutiam essa interpretação e compartilhavam um livro de Saad intitulado:

“O art. 142 da Constituição de 1988: Ensaio sobre a sua interpretação e aplicação”.

Além disso, as investigações indicam que Saad participou de encontros no Palácio da Alvorada junto com Felipe Martins (ex-assessor de Bolsonaro) e o padre José Eduardo de Oliveira e Silva.

Esses encontros teriam ocorrido depois das eleições de 2022, onde o grupo teria apresentado uma minuta de decreto para a prisão de autoridades e a convocação de novas eleições.

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