A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia que amplia as conclusões da Polícia Federal (PF) sobre o suposto envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro em uma trama golpista no final de seu governo em 2022. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, acusou Bolsonaro de dano ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado, além de afirmar que ele concordou com um plano para assassinar líderes políticos, incluindo Lula e Alexandre de Moraes. A denúncia, que inclui mensagens de WhatsApp como evidências, foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e pede reparação pelos danos causados. A PF, no entanto, não havia incluído esses crimes em seu relatório final.
Contexto e detalhes da acusação
A PGR baseou sua denúncia em mensagens trocadas entre Bolsonaro e membros de sua equipe, incluindo o major da Aeronáutica Maurício Pazini Brandão e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Uma das mensagens citadas, enviada em 2 de janeiro de 2023, menciona a “tropa” de Bolsonaro e uma possível desmobilização.
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A PGR também mencionou o suposto plano “Punhal Verde Amarelo”, que teria como objetivo eliminar líderes políticos, incluindo Lula e Moraes. Apesar das acusações, Mauro Cid negou em seu depoimento que as mensagens tivessem relação direta com os eventos de 8 de janeiro, afirmando que os militares estavam de férias na época.
Desdobramentos e análises da denúncia
A denúncia da PGR vai além das conclusões da PF, afirmando que Bolsonaro não apenas tomou conhecimento do plano “Punhal Verde Amarelo”, mas também concordou com ele. O procurador-geral citou uma mensagem de WhatsApp enviada pelo general Mário Fernandes a Mauro Cid, na qual ele menciona uma conversa com Bolsonaro sobre possíveis ações até 31 de dezembro de 2022.
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A PGR também destacou a suposta omissão de Bolsonaro em relação aos eventos de 8 de janeiro, argumentando que ele e sua equipe facilitaram as manifestações antidemocráticas. A defesa de Bolsonaro nega todas as acusações, classificando a denúncia como “inepta” e baseada em interpretações equivocadas de mensagens.
Conclusão e perspectivas futuras
A denúncia da PGR representa um novo capítulo nas investigações sobre o suposto envolvimento de Bolsonaro em ações antidemocráticas. Se aceita pelo STF, o ex-presidente se tornará réu e responderá a um processo penal que pode resultar em sua condenação. A defesa de Bolsonaro já anunciou que contestará a denúncia, argumentando que as acusações são baseadas em interpretações subjetivas de mensagens e depoimentos. Enquanto isso, a PGR continua a analisar outras investigações envolvendo Bolsonaro, incluindo supostas fraudes em cartões de vacina e a apropriação indevida de joias sauditas. O caso deve seguir gerando debates sobre os limites da responsabilidade política e jurídica de líderes públicos....continue lendo
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