Fim do Bora Belém: o que a maioria dos vereadores aprovou hoje foi a POLÍTICA DA FOME, diz Edmilson

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O ex-prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, se manifestou sobre a aprovação do fim do Bora Belém na Câmara Municipal, nesta quinta-feira, 27. “Lamento profundamente porque 80 mil famílias estão voltando à situação de indigência em um estado que é campeão de habitantes em situação de pobreza extrema”, disse Edmilson. Confira o teor do pronunciamento na íntegra:

VERGONHA

“A Câmara Municipal de Belém acaba de aprovar, por maioria de votos, o fim do Bora Belém. Os votos vieram da base de apoio do prefeito Igor Normando, o que sinaliza uma possível sanção desse projeto flagrantemente inconstitucional, além de condenável do ponto de vista humano e social.

Durante campanha eleitoral, Normando prometeu que não ia acabar com o Bora Belém. O povo acreditou. E agora, como vai ficar a situação se os vereadores que são amigos dele já decidiram sepultar o programa?

O atual prefeito precisa ter a coragem de se posicionar publicamente sobre isso, de dar uma satisfação às 18 mil famílias em situação de pobreza extrema, o correspondente a 80 mil pessoas, que poderão ficar sem esse auxílio.

A criação do Bora Belém foi o meu primeiro ato da nossa 3a gestão na Prefeitura de Belém, em 2021. Uma política importante, que transfere valores variáveis de R$ 200 a R$ 500, conforme o número de filhos, por família em situação de pobreza extrema.

Mas, para eles que odeiam pobre, o que interessa é destruir as políticas realizadas por outros, mesmo que isso represente impor a fome para tantas milhares de famílias.

O que a maioria dos vereadores aprovou hoje foi a POLÍTICA DA FOME em Belém.

Agradeço aos vereadores que votaram contra o fim do Bora Belém, apesar de terem sido vencidos pela maioria. Os apoiadores da continuidade desse programa social foram Marinor Brito e Vivi Reis (Psol), Alfredo Costa e Neia Marques (PT) e Agatha Barra e Mayky Vilaça (PL) e Rildo Pessoa (Podemos).

O governo do estado garantiu muitas viaturas da Rotam no local para reprimir manifestações. Isso já está virando costume para que lá dentro se realizem, sem ouvir a voz da população, as maiores atrocidades.

Lamento profundamente porque 80 mil famílias estão voltando à situação de indigência em um estado que é campeão de habitantes em situação de pobreza extrema.

Que a população de Belém reaja diante de tamanha barbaridade.

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