Fotos: VídeoReprodução e Mácio Ferreira
O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), ainda não se pronunciou oficialmente sobre se sancionará o projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal que extingue o programa de renda cidadã “Bora Belém”. A proposta foi aprovada nesta quinta-feira (27), pela maioria dos vereadores, com sete votos contrários.
Durante os debates, a oposição sugeriu que o próprio prefeito teria orientado a votação, diante da movimentação dos vereadores do MDB e de sua base aliada, que assegurou a maioria dos votos para encerrar o benefício social. O projeto foi apresentado pelo vereador bolsonarista Zezinho Lima, embora a liderança de seu partido, o PL, tenha orientado seus vereadores pela manutenção do programa.
Não seria a primeira vez que a Mesa Diretora da Câmara, controlada pelo MDB, assumiria a responsabilidade por uma decisão impopular, poupando o prefeito de desgaste político. No final do ano passado, por exemplo, a Câmara votou o aumento salarial para os novos vereadores e o prefeito que assumiriam em janeiro de 2025, e a lei foi promulgada pelo presidente da Casa, vereador John Wayne (MDB), com publicação no Diário Oficial do Município em 4 de dezembro.
A manobra garantiu que o salário do novo prefeito de Belém subisse de R$ 25 mil para R$ 31 mil reais — um aumento de 24%, que beneficiou também os Secretários Municipais. Na época, Igor Normando prometeu que não receberia o valor correspondente ao acréscimo em sua remuneração.
Sobre o Bora Belém
Criado em 2021 pelo então prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL), o programa garantia auxílios de R200 a R500 para famílias em situação de vulnerabilidade extrema. O benefício atendia mais de 18 mil famílias, cerca de 80 mil pessoas na capital paraense.
“Lamento profundamente, porque 80 mil pessoas estão voltando à indigência em um estado que é campeão em pobreza extrema”, criticou Edmilson
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