Em uma decisão que gerou repercussão nacional, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça e Nunes Marques foram os únicos a votar contra a manutenção da prisão do deputado federal Daniel Silveira, condenado por ataques às instituições democráticas. O caso, que já havia polarizado opiniões, ganhou novo destaque com o posicionamento divergente dos dois magistrados, indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
O contexto do julgamento
Daniel Silveira foi condenado pelo STF em 2022 a oito anos e nove meses de prisão por crimes como incitação à violência e ataques ao STF e ao sistema eleitoral. O deputado, aliado de Bolsonaro, teve sua pena reduzida posteriormente para dois anos e oito meses, mas a discussão sobre a manutenção de sua prisão continuou no plenário da Corte.
Na sessão desta quarta-feira (data fictícia para exemplo), a maioria dos ministros decidiu manter Silveira preso, entendendo que ele ainda representa um risco à ordem pública. No entanto, Mendonça e Marques divergiram, argumentando que não havia mais motivos para a prisão, uma vez que o parlamentar já havia cumprido parte da pena e não apresentava mais perigo concreto.
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Os argumentos de Mendonça e Marques
André Mendonça, primeiro ministro indicado por Bolsonaro ao STF, sustentou que a prisão preventiva de Silveira não se justificava mais, defendendo que o caso deveria seguir os trâmites normais da execução penal. Já Nunes Marques, também nomeado pelo ex-presidente, reforçou que a decisão de manter o deputado preso poderia configurar um excesso punitivo, destacando a necessidade de equilíbrio entre justiça e direitos individuais.
Os dois votos contrários chamaram atenção por reforçarem uma linha de defesa mais alinhada a argumentos de garantias processuais, em contraste com o entendimento majoritário do STF, que tem adotado posicionamento firme contra ataques à democracia.
Reações políticas e jurídicas
A decisão do STF foi celebrada por setores que veem em Silveira um símbolo da escalada antidemocrática no Brasil, enquanto críticos acusam a Corte de judicialização excessiva. O voto de Mendonça e Marques, por sua vez, foi visto com ressalvas por juristas que defendem a rigidez contra crimes dessa natureza, mas também recebeu apoio de grupos que enxergam no caso um possível abuso de poder.
O desfecho do julgamento reforça as divisões dentro do próprio STF e no cenário político, onde o caso Silveira permanece como um marco nas discussões sobre liberdade de expressão, limites do poder Judiciário e a resposta do Estado a ameaças institucionais.
Enquanto isso, Daniel Silveira segue preso, e a controvérsia em torno de seu caso deve continuar alimentando debates no Congresso, no Judiciário e na opinião pública.
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