O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 3ª feira (8.abr.2025) que a decisão do presidente Donald Trump (republicano) em aplicar uma tarifa recíproca sobre produtos de diversos países que entram nos EUA é um “solavanco grande demais para não ter consequência”. A declaração foi dada durante o Brazil Investment Forum, evento organizado pelo Bradesco BBI.
O Brasil está na lista, com taxação de pelo menos 10% sobre os produtos que entram nos EUA. Haddad também disse que o deficit comercial norte-americano com o mundo superior a US$ 1 trilhão não vai mudar com o tarifaço.
O ministro declarou considerar que “a pior coisa” é o Brasil sair a campo sem “prudência diplomática”. Disse que o país, “no quadro geral, está bem”.
“Temos que entender também que estamos exportando mais para os EUA, para o Sudeste Asiático, para a China”, afirmou. Na sua visão, trata-se de uma situação “muito tensa” no mundo. “É uma coisa séria. Não dá para fazer pouco caso disso”, acrescentou.
O titular da Fazenda disse ainda que “a história não terminou” e que a China é o que chama a atenção dos EUA na parte comercial.
“Os EUA não têm olhos nem para a América do Sul, nem para a Europa nem para a Rússia. Eles têm olhos para a China”, declarou.
A mediação do painel “Desafios econômicos do Brasil” foi do economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato.