Sob os holofotes do Mangueirão, o Paysandu entra em campo na noite desta quarta-feira, 9, com um objetivo claro: derrotar o Goiás (GO) no jogo de ida da final da Copa Verde e dar um passo decisivo rumo ao pentacampeonato. O duelo, que começa às 20h, em Belém, carrega o peso de uma torcida apaixonada – uma das mais fanáticas e barulhentas do Brasil – que promete transformar o “Colosso” em um caldeirão para empurrar o Papão da Curuzu ao tão sonhado penta. Mais do que um título, a conquista garante ao clube uma vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil de 2026, conforme estipula o regulamento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A Fiel bicolor já deu mostras de sua força: na manhã desta quarta, o Paysandu anunciou que os ingressos para o lado B do Mangueirão estão esgotados, restando apenas entradas para as cadeiras dos lados A e B (R$ 80 e R$ 100) e um lote promocional das arquibancadas do lado A (R$ 30). A venda segue a todo vapor online, pelo site oficial, e nas lojas Lobo da região metropolitana de Belém. O clima de expectativa é gigante, e o estádio deve receber um público à altura da grandeza do clube de massa que é o Papão.
O caminho até a final foi marcado por uma campanha sólida do Paysandu, maior campeão da Copa Verde, que pode estar vivendo sua última edição. Após um empate fora de casa contra o São Raimundo (RR), o time comandado por Luizinho Lopes goleou por 3 a 0 no jogo de volta, diante de sua torcida, mostrando a força do elenco que entra em campo com Matheus Nogueira no gol, a dupla de ataque Nicolas e Borasí (ou Benitez) e o meio-campo criativo de Marlon e Giovanni. A provável escalação inclui ainda Bryan Borges, Yeferson Quintana, Ramón Martínez, PK (Reverson) e Leandro Vilela, prontos para fazer história.
Do outro lado, o Goiás chega com moral após estrear na Série B com vitória por 1 a 0 sobre o Amazonas, gol de Rodrigo Andrade. Na Copa Verde, porém, o Esmeraldino teve vida mais dura: avançou à final nos pênaltis, após dois empates contra o Brasiliense. Sob o comando de Wagner Mancini, o time goiano aposta em Tadeu no gol, a zaga firme de Messias e Lucas Ribeiro, e o ataque veloz de Welliton Matheus (ou Zé Hugo), Jajá e Arthur Caíque, com Gonzalo Freitas, Rodrigo Andrade e Juninho no meio.
É um adversário que promete resistência, mas que terá de enfrentar não só o Papão, mas também o rugido ensurdecedor da torcida bicolor. Não é fácil, é para enlouquecer.
Para o Paysandu, a noite não é apenas sobre vencer um jogo – é sobre consolidar um legado. O pentacampeonato da Copa Verde seria o coroamento de um clube que vive e respira futebol, carregado por uma nação de torcedores que lota estádios e faz do Mangueirão um território sagrado.
Se o Papão repetir o desempenho avassalador que o trouxe até aqui, o Goiás pode sair de Belém com a sensação de que o título já tem dono. Resta saber se o grito de “penta” ecoará ao apito final ou se a decisão ficará para o jogo de volta.
Uma coisa é certa: hoje, a Amazônia futebolística pulsa em azul e branco.
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