Trabalhadores da Dínamo protestam por salários atrasados na sede da Equatorial

Cerca de 60 ex-trabalhadores da Dínamo Engenharia, que prestou serviços para a Equatorial até recentemente, se reuniram na manhã desta quinta-feira (10), em frente à sede da concessionária de energia, no Núcleo Nova Marabá, em uma manifestação pacífica. O grupo, formado por eletricistas juniores e eletricistas PL, cobra o cumprimento de obrigações trabalhistas, como pagamento de salários, depósitos de FGTS, multas rescisórias e acertos pendentes.

O Correio de Carajás esteve no local e conversou com um dos trabalhadores. Indignado, José Barros explicou que, além dos atrasos no pagamento, outras obrigações trabalhistas estão em aberto. “Salário atrasado, FGTS não depositado em conta, a multa não está sendo paga. É uma série de fatores”, relatou. Ele acrescenta que as rescisões estão atrasadas

Há quatro anos na Dínamos, José Barros cobra o acerto da rescisão e outros direitos

Segundo José, muitos dos colegas têm anos de dedicação à empresa. “Colaboradores com 12 anos, oito e cinco anos de trabalho estão sendo prejudicados”. Ele avalia que os trabalhadores cumpriram com sua parte ao prestar um bom serviço, mas não receberam o mesmo em retorno da empresa.

De acordo com os ex-funcionários, o impasse dura mais de dois meses e, segundo eles, a empresa tem evitado o diálogo. “Tentamos uma conversa com um representante da Dínamo, mas a resposta é sempre negativa, ele não cumpre o que promete”, compartilhou outro trabalhador.

O local do protesto foi escolhido por simbolizar a relação contratual com a Equatorial, apontada pelos manifestantes como corresponsável pela situação. “Reivindicamos na Equatorial porque ela é a contratante e concessionária responsável”, dizem.

Presidente do sindicato, Juvenal garante: “se não resolver, a gente entra na Justiça”

O presidente do Sindicato da Construção Civil de Marabá, Juvenal do Espírito Santo, confirmou a gravidade da situação. Ele informou que recebeu uma proposta da assessoria jurídica da empresa, em Belém, onde eles fariam o pagamento dos salários nesta quinta, e amanhã (11), fariam o da rescisão. A multa de todos os trabalhadores desligados só seria feita na próxima quarta-feira, dia 23. No entanto, segundo o presidente, essa negociação não foi aceita.

Para garantir o cumprimento da promessa, o sindicato exige que tudo seja formalizado. “Vou pedir que enviem um documento assinado e trarei para eles aqui. Só vale o que estiver no papel; verbalmente não adianta”, declara.

Caso o acordo não seja concretizado, o sindicato promete acionar a Justiça. “Se não resolver, a gente entra na Justiça. Se uma (Dínamo) não pagar, a outra (Equatorial) paga”.

O Correio de Carajás procurou a Dínamo Engenharia, mas não teve retorno até o momento. A Equatorial, por sua vez, informou que o contrato com a Dínamo Engenharia, responsável pelo atendimento nas regiões Sul e Sudeste do Pará, foi encerrado no final de fevereiro. A concessionária afirma que acompanha com atenção as negociações entre a prestadora de serviço e o ex-colaboradores. (Milla Andrade)

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