Paulo Teixeira diz que cassação de Glauber Braga é “inadmissível”

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse nesta 3ª feira (15.abr.2025) que é “inadmissível” o processo de cassação de mandato contra o deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ). 

“Essa punição não tem nenhum sentido. Glauber é um grande deputado, um líder político, com um papel importante na democracia brasileira. Eu trouxe meu apoio pessoal e com esse gesto apelo ao Congresso para reverter essa posição descabida”, afirmou Teixeira. 

Assista (56s):

 

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, também visitou o psolista na Câmara nesta 3ª feira (15.abr). Disse ter sido muito “emocionante” e que o governo tem articulado para evitar a cassação do deputado carioca.

Glauber Braga já recebeu 7 ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde que iniciou a greve de fome em protesto à aprovação da cassação de seu mandato pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa Baixa. 

O deputado já recebeu a visita de outros 5 ministros. Foram eles:

ENTENDA O CASO

Braga responde a um processo por agredir, em abril de 2024, o youtuber Gabriel Costenaro, um integrante do MBL (Movimento Brasil Livre). Na ocasião, o deputado disse que havia sido provocado e, por isso, se sentiu intimidado pelo ativista.

Gabriel, por sua vez, afirmou que foi abordado por Braga enquanto almoçava e, então, expulso aos pontapés da Câmara dos Deputados. Após o episódio, o Novo enviou à Mesa da Câmara o pedido de cassação do mandato do carioca, que foi encaminhado por Lira ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

O congressista declarou repetidas vezes que o parecer a favor de sua cassação, do relator Paulo Magalhães (PSD-BA), é resultado de uma negociação com Lira, que o psolista acusa de persegui-lo.

Braga e seu partido foram responsáveis por iniciar a ação judicial que fez o STF (Supremo Tribunal Federal) travar a destinação de emendas, em 2024. Na oportunidade, o congressista disse que Lira “sequestra” o Orçamento com a execução de emendas de congressistas.

O Conselho de Ética da Câmara aprovou o pedido de cassação por 13 votos a 5. Essa aprovação, no entanto, não resulta na perda imediata do mandato.

Braga pode entrar com um recurso para que a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) analise o parecer, antes que seja apreciado pelo plenário. Caso vá a plenário, o processo precisa de ao menos 257 votos favoráveis para confirmar a cassação.