A Airbus, principal fabricante europeia de aeronaves, enfrenta tensões comerciais e escassez de motores. Apesar disso, a empresa mantém suas metas para 2025. A análise foi divulgada na 3ª feira (15.abr.2025) e destaca os obstáculos que afetam suas operações globais. As informações são da Reuters.
Guillaume Faury, CEO da Airbus, falou sobre o cenário em uma reunião com acionistas. Ele afirmou que a empresa precisa adaptar seus planos diante da incerteza tarifária e dos problemas de fornecimento. “Precisamos entender melhor os impactos da situação tarifária para então ajustar nossos planos para 2025 e além, se necessário”, disse Faury.
Segundo ele, é essencial avaliar como as tensões comerciais afetam a cadeia de suprimentos, os clientes e as fábricas da companhia. A indústria aeroespacial vive um período de instabilidade. Por isso, empresas como a Airbus evitam incluir previsões de comércio em suas projeções.
Outro desafio citado por Faury é a escassez de motores. A CFM International, uma joint venture entre a GE Aerospace e a francesa Safran, enfrenta atrasos. “Os motores são um grande desafio; a CFM está significativamente atrasada”, disse. Como resultado, a Airbus acumula jatos não entregues, conhecidos como “planadores”, por estarem sem motores.
Além disso, a Airbus tem dificuldades com a fornecedora americana Spirit AeroSystems. A empresa fornece partes essenciais dos modelos A350 e A220. A Airbus negocia assumir parte das operações da Spirit para garantir a estabilidade da cadeia de suprimentos e evitar interrupções na produção.