Uma mulher de 28 anos está processando dois laboratórios de DNA após um erro devastador levá-la a abortar a própria filha, acreditando que o bebê não era do seu noivo. O caso, que ocorreu em Yonkers, no estado de Nova York (EUA), ganhou repercussão após a vítima revelar detalhes da história à revista People.
“A razão pela qual tomei uma atitude foi porque acreditei nesses resultados. Achei que era algo 100% verdadeiro. E isso me levou ao aborto”, desabafou a assistente administrativa.
De acordo com o processo que corre na Justiça de Manhattan, a mulher engravidou em agosto de 2023, após reatar o relacionamento com o noivo. Os dois haviam terminado por um breve período, motivados, em parte, pelo estresse relacionado à dificuldade de engravidar. Nesse intervalo, ela se envolveu com outro homem, com quem afirma ter tido relações protegidas. Três semanas depois, voltou com o noivo e, pouco tempo depois, recebeu a notícia da gravidez.
Apesar de estar confiante de que o bebê era do noivo, ela decidiu fazer um teste de paternidade por precaução, sem querer levantar suspeitas. Para isso, procurou o DNA Diagnostics Center, empresa que se descreve como líder mundial em testes de DNA, com mais de 20 milhões de análises realizadas.
O resultado, no entanto, foi um choque: o teste indicava que o noivo não era o pai da criança.
“Vocês (os laboratórios) acabaram com a família que eu poderia ter tido. Esta era a pessoa com quem eu ia me casar. Esta é a pessoa com quem eu queria construir uma família”, lamentou a americana.
Na época, ela já estava com quase 20 semanas de gestação — o limite legal para a realização de aborto em Nova York é de 24 semanas. Ao revelar o resultado ao noivo, o casal enfrentou um dilema emocional. Após muita conversa, os dois decidiram interromper a gestação.
Mas o pesadelo estava longe de terminar.
No Dia dos Namorados (14 de fevereiro), a mulher recebeu uma ligação inesperada do DNA Diagnostics Center. O laboratório informou que o resultado do teste havia sido equivocado — um “erro de TI” foi apontado como causa da confusão. Na verdade, o homem com quem ela se relacionou brevemente não era o pai. O bebê, que já havia sido abortado, era filho de seu noivo.
“Com quantas outras pessoas isso aconteceu?”, questionou, abalada.
O episódio provocou o fim definitivo do relacionamento no mês seguinte, segundo documentos judiciais.
Agora, a mulher busca na Justiça uma indenização dos laboratórios envolvidos. O advogado que representa o caso afirma que houve negligência grave por parte dos réus, que tinham o “dever de coletar adequadamente as amostras para teste, rotulá-las com precisão, enviá-las e manuseá-las adequadamente e, por fim, fornecer resultados precisos para o teste de paternidade de DNA pelo qual o autor pagou”.
Do Ver-o-Fato, com informações do extra.globo
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