Os paraenses, grandes consumidores de açaí, estão sentindo no bolso o impacto da entressafra do fruto durante o inverno amazônico. A combinação entre queda na produção e aumento da demanda tem elevado significativamente o preço do litro do açaí em Belém. De acordo com dados do DIEESE/PA, o reajuste acumulado no primeiro trimestre de 2025 já ultrapassa os 50%.
Alta expressiva no preço do açaí tipo médio
O litro do açaí tipo médio, muito consumido nas feiras e supermercados da capital paraense, teve aumento de 18,31% somente em março, em comparação com fevereiro. O produto, que custava em média R$ 29,43 em fevereiro, passou a ser comercializado a R$ 34,82 em março. No comparativo com janeiro, quando custava R$ 26,02, o aumento acumulado no 1º trimestre chega a 51,52%.
Os valores variam bastante conforme o ponto de venda. Em feiras livres, o litro do açaí médio foi encontrado entre R$ 20,00 e R$ 30,00. Já nos supermercados, os preços chegaram a R$ 40,00.
Açaí grosso também ficou mais caro
O açaí do tipo grosso, conhecido por sua consistência mais encorpada, também registrou aumentos significativos. Segundo o DIEESE/PA, o litro passou de R$ 40,39 em fevereiro para R$ 49,87 em março, um aumento de 23,47%. Desde janeiro, o reajuste acumulado no preço deste tipo de açaí foi de 49,27%.
Na última semana de março, o açaí grosso era vendido por R$ 40,00 a R$ 50,00 nas feiras e por até R$ 56,00 nos supermercados. Em alguns estabelecimentos, o litro já ultrapassa R$ 60,00, segundo o levantamento.
Por que o açaí está mais caro?
O principal motivo do aumento nos preços é o período de entressafra do açaí, agravado pelas fortes chuvas do inverno amazônico, que reduzem a oferta do fruto. Além disso, a procura pelo produto continua alta, tanto para consumo in natura quanto para a indústria, o que pressiona ainda mais os preços.
Tendência de alta deve continuar
A expectativa, segundo o DIEESE/PA, é que os preços do açaí continuem elevados nas próximas semanas. Para os consumidores paraenses, o cenário é de alerta, especialmente para os que consomem o fruto de forma recorrente em suas refeições diárias.
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