Ato na ‘Curva do S’ relembra massacre de Eldorado de Carajás

Na tarde desta quinta-feira (17), foi realizado um ato em memória ao massacre de Eldorado de Carajás, no sudeste do estado. A manifestação aconteceu na “Curva do S”, onde o crime aconteceu. O encontro envolveu jovens do Movimento Sem Terra (MST).

A manifestação faz parte de uma série de ações realizada pelo MST em memória ao ocorrido em 1996, quando policiais militares mataram 21 sem terras. Eles também reivindicam pelo andamento da reforma agrária na região.

O MASSACRE

Em 17 de abril de 1996, cerca de 300 trabalhadores fizeram um protesto, bloqueando a pista, impedindo a passagem de veículos na então PA-150. A reivindicação era dada à demora do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) em desapropriar a Fazenda Macaxeira, que possuía 40 mil hectares.

Ao tentar retirar os manifestantes, policiais usaram bombas de efeito moral em parte dos manifestantes que teriam reagido jogando pedaço de pau e pedras. Após isso, a polícia revidou com disparos de metralhadora.

Vinte e um trabalhadores foram mortos pelo conflito e dezenas ficaram feridos. Conforme o Ministério Público, os corpos foram retirados do local e provas foram destruídas, o que dificultou as investigações.

SENTENÇA DOS CULPADOS

Os comandantes da operação foram julgados e condenados. O coronel Pantoja foi sentenciado a 208 anos de prisão, mas morreu em 2020, sem cumprir a pena. Já o major Oliveira foi condenado a 158 anos de reclusão e cumpre pena em regime domiciliar.

(Milla Andrade com informações do Portal G1)

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