Corrida ao Senado em 2026 tem domínio de nomes ligados a Bolsonaro, aponta pesquisa

Uma pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, indica que aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro lideram ou estão em segundo lugar nas intenções de voto para o Senado em nove estados e no Distrito Federal, a pouco mais de um ano e meio das eleições de 2026.

Com duas vagas em disputa por estado, a tendência atual favorece a bancada conservadora, que poderá ampliar significativamente sua presença na Casa Legislativa. Contudo, em três estados — Minas Gerais, Bahia e Maranhão — os nomes ligados ao bolsonarismo enfrentam mais resistência e aparecem atrás de adversários de esquerda ou de centro.

São Paulo, Rio e DF: bolsonaristas lideram com folga
Em São Paulo, os nomes cotados pela direita são Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o atual secretário de Segurança, Guilherme Derrite, ambos em posições competitivas.

No Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro lidera com folga, e o governador Cláudio Castro surge como nome viável para a segunda vaga.

No Distrito Federal, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o governador Ibaneis Rocha (MDB) aparecem como favoritos.

Tocantins, Sul e Centro-Oeste também tendem à direita
No Tocantins, o governador Wanderlei Barbosa e o senador Eduardo Gomes são os principais nomes da disputa.

Na região Sul, o cenário é positivo para a direita, embora dividido:

  • Rio Grande do Sul: o governador Eduardo Leite (PSDB) lidera, mas nomes como Onyx Lorenzoni (PL)Coronel Zucco (PL) e Marcel van Hattem (Novo) disputam espaço no campo conservador.
  • ParanáRatinho Júnior (PSD) lidera, seguido por Roberto Requião (sem partido), com três nomes da direita empatados tecnicamente em terceiro.

Nordeste e Sudeste: disputas acirradas com hegemonia da esquerda
Em estados com histórico de domínio do PT e seus aliados, o avanço da direita encontra mais obstáculos:

  • Minas Gerais: a ausência de uma eventual candidatura do governador  (Novo) deixa a direita sem nome consolidado. Domingos Sávio e Eros Biondini são cogitados, mas Marcelo Aro pode contar com o apoio de Zema.
  • Bahia: os petistas Rui Costa e Jaques Wagner lideram com folga, enquanto o ex-ministro João Roma (PL) aparece apenas em terceiro lugar.
  • Maranhão: lideranças locais alinhadas ao governo  mantêm o favoritismo, com a direita sem nomes competitivos.

Competição intensa no Nordeste
Em Pernambuco, o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho, que já apoiou Bolsonaro, está tecnicamente empatado com o senador petista Humberto Costa.

No Rio Grande do Norte e no Espírito Santo, aliados de Bolsonaro são cotados para disputar o Senado, mas também são apontados como possíveis pré-candidatos ao governo estadual.

Cenário de renovação e reposicionamento político
Com duas vagas por estado em jogo em 2026, a eleição para o Senado será estratégica tanto para a direita quanto para a esquerda. A direita aparece em vantagem na maioria dos estados, mas precisa se consolidar em regiões dominadas pela esquerda, como o Nordeste.

O levantamento também mostra que a direita vem se reorganizando regionalmente, com nomes já conhecidos e outros em ascensão, apostando na memória eleitoral do bolsonarismo e em pautas conservadoras para ampliar sua base no Congresso.

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