Um grito suave e firme por justiça ambiental. Assim é definida a Expedição TOARA: “Observar para Proteger”. O projeto acontece nos dias 17 e 18 de maio e vai conectar Marabá, Bom Jesus do Tocantins e São João do Araguaia, municípios que, de forma articulada, apostam no turismo sustentável como instrumento de fortalecimento regional diante da COP30.
No dia 17 de maio, a expedição sai de Marabá e navega até a comunidade de Bacabal. O dia reserva paradas estratégicas para encontros com autoridades locais e comunidades ribeirinhas, além de uma noite cultural em São João do Araguaia, com exibição de filmes, feira de artesanato, apresentações artísticas e música ao vivo.
Já no dia 18 de maio, o grupo de expedicionários segue até o encontro das águas no Bico do Papagaio, no majestoso encontro dos rios Tocantins e Araguaia. Após essa parte da aventura, o retorno para Marabá é coroado com uma recepção no Bar Araguaia, no núcleo Marabá Pioneira, um espaço rústico que sintetiza a alma da expedição.

BELEZAS DO ROTEIRO
Marabá, cidade de grande porte às margens de dois belos rios, possui uma paisagem marcada por praias e pela forte presença de barqueiros que domam as águas do Tocantins e do Itacaiunas. O município também abriga uma das maiores pontes rodoferroviárias do mundo, símbolo da intersecção entre progresso e natureza.
Em seguida, a TOARA atravessa Bom Jesus do Tocantins, território de importância histórica e ancestral. A cidade abriga o território indígena Parkatejê e as vilas do Bacabal, conhecidas por suas paisagens intocadas e praias que atraem visitantes de todo o Brasil.
O percurso chega a São João do Araguaia, município de memórias seculares. Situada às margens do rio Araguaia, a cidade guarda histórias da Guerrilha do Araguaia e lendas locais, como a visita da princesa Isabel, que teria deixado como lembrança um sino e uma pia batismal preservados até hoje.
Dez fotógrafos embarcam nessa jornada, com a missão de registrar não apenas as paisagens, mas também os rostos, os cenários e a vida das comunidades ribeirinhas. A proposta visual da TOARA é mais que documentação: é sobre congelar a memória de um povo que dá rosto e voz à Amazônia e à sua constante luta pela justiça ambiental.
EXPOSIÇÃO TOARA
O ponto alto da expedição será a Exposição TOARA: “Observar para Proteger”, com três fotografias autorais de cada participante. As imagens serão inicialmente expostas nas cidades envolvidas, onde uma curadoria popular elegerá as mais impactantes. As três obras selecionadas integrarão uma mostra principal que será levada à COP 30, como um manifesto visual em defesa da Amazônia Tocantina.
Mais do que arte, a exposição representa um chamado à justiça ambiental e à escuta dos territórios invisibilizados. “Observar para proteger. Proteger para existir”, resume o coordenador geral da expedição, Robson Messias Lucas Santos, que assina a organização da iniciativa.
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