Disputas entre donos de imóveis e inquilinos não são novidade, mas em Apucarana (PR), no bairro Jardim Paulista, um caso ocorrido na tarde de ontem,16, ganhou destaque pelo desfecho inusitado, que remete a uma prática bem conhecida no Nordeste brasileiro: a surra de toalha molhada. Uma idosa de 65 anos, proprietária de uma casa, agrediu sua inquilina, uma jovem de 19 anos, com roupas molhadas no rosto após uma discussão sobre o uso do varal.
Quem já sentiu o ardor de uma “toalhada” sabe que a dor não é brincadeira.
O conflito começou por uma questão trivial: a idosa retirou, sem autorização, as roupas da jovem do varal onde secavam ao sol. A inquilina, que vive em uma casa nos fundos do terreno, questionou a atitude, e a conversa azedou. Em um ímpeto, a proprietária pegou as roupas molhadas e as usou para golpear o rosto da locatária, deixando marcas de vermelhidão, conforme registrado no boletim de ocorrência da Polícia Militar, acionada pela vítima.
O caso traz à tona uma prática que, no Nordeste, é quase folclórica: a “surra de toalha molhada”, frequentemente associada a acertos de contas domésticos, como quando uma esposa descobre a traição do marido com a amante. Quem já levou um golpe desses sabe que o impacto de uma toalha ou roupa molhada pode causar uma dor intensa, que se espalha pelo corpo como um chicote.
Em Apucarana, a idosa parece ter canalizado essa tradição para resolver sua desavença. O pai da jovem, presente no momento, conteve a situação. Apesar da agressão, a inquilina decidiu não registrar queixa contra a idosa, já que pretende se mudar em breve.
O episódio, que mistura o cotidiano com um toque de exagero, já virou assunto na cidade e reforça uma lição: seja no Pará ou no Nordeste, subestimar o poder de uma roupa molhada pode custar caro.
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