Júri indicia homem que matou CEO a tiros em Nova Iorque

Um júri federal dos Estados Unidos indiciou Luigi Mangione, nesta quinta-feira (17), por homicídio doloso qualificado pela morte do CEO da seguradora de saúde UnitedHealthcare, Brian Thompson, em 4 de dezembro do ano passado. A decisão do grande júri, que analisa um caso e determina se há provas suficientes para uma acusação, coincide com o pedido apresentado pela Promotoria de Nova Iorque.

Quatro acusações foram apresentadas: uma de assassinato com arma, uma por uso de arma e duas por perseguição. O documento de acusação reflete a acusação inicial da promotoria: que Mangione, de 26 anos, viajou do estado da Geórgia para Nova Iorque por volta de 24 de novembro com o objetivo de acossar, intimidar e matar Thompson, o que ele conseguiu usando uma arma de fogo com silenciador.

Thompson, de 50 anos, estava a caminho de um encontro com investidores da UnitedHealthcare, a maior seguradora de saúde privada dos EUA, quando Mangione supostamente atirou em suas costas do lado de fora de um hotel no centro de Manhattan.

Os investigadores encontraram evidências – incluindo cápsulas de balas na cena do crime e textos recuperados em sua mochila após a prisão, cinco dias depois, na Pensilvânia – que refletiam o ódio de Mangione pelo ramo de planos de saúde e mostravam que Thompson era seu alvo.

No início deste mês, a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, ordenou que os promotores de Nova Iorque buscassem a pena de morte para Mangione se ele fosse condenado, e seus advogados tentaram tornar essa punição impossível e advertiram que seu cliente estava sendo privado do “devido processo legal”.

Bondi disse que se tratava de um “assassinato premeditado e a sangue frio” contra um CEO e pai de família, o que, segundo os advogados, não respeita a presunção de inocência. Mangione deve comparecer a um tribunal federal em Nova Iorque nesta sexta (18) e é possível que as acusações sejam lidas para que ele possa se declarar inocente ou culpado.

Mangione também foi indiciado pela Promotoria Distrital de Manhattan por 11 acusações, incluindo uma de assassinato em primeiro grau que pode ser considerado um “ato terrorista” e acarretar uma sentença máxima de prisão perpétua – ele se declarou inocente.

*EFE

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