A Nasa identificou na 5ª feira (17.abr.2025) novos indícios de que Marte foi mais quente e úmido no passado, com potencial para abrigar vida microbiana. A descoberta foi feita a partir da análise de rochas perfuradas pelo astromóvel Curiosity, que encontrou siderita –um mineral de carbonato de ferro– em 3 locais da cratera Gale.
As amostras, obtidas de 2022 a 2023, apresentaram composição de até 10,5% de siderita. Segundo os pesquisadores, esse mineral se forma em ambientes com alta concentração de dióxido de carbono (CO₂). Isso sugere que Marte tinha uma atmosfera espessa e rica nesse gás, o que teria permitido a existência de água líquida em sua superfície.
A presença da siderita reforça a hipótese de que parte do CO₂ perdido da atmosfera marciana foi aprisionada nas rochas por meio de processos geoquímicos. Até agora, eram raras as detecções de minerais carbonatos em Marte, apesar das previsões dos modelos científicos.
Os pesquisadores acreditam que rochas semelhantes às da cratera Gale, encontradas em outras regiões do planeta, também possam conter altos níveis de carbonato. Para os cientistas, entender o destino do carbono é essencial para desvendar a perda de habitabilidade de Marte.