Com o objetivo de ampliar as políticas de reinserção social, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), firmou na quarta-feira (16) um convênio com a empresa paraense Petruz Fruity, especializada na produção e exportação de açaí e outras frutas. A iniciativa vai empregar formalmente pessoas privadas de liberdade (PPLs), fortalecendo a qualificação profissional e promovendo a redução da reincidência criminal.
A parceria teve início com a contratação de 30 custodiados selecionados na Unidade de Reinserção de Regime Semiaberto de Santa Izabel do Pará (URRS), que já começaram a trabalhar nas áreas de produção da empresa, localizada em Castanhal, na Região Metropolitana de Belém. O contrato de trabalho é de um ano, com possibilidade de prorrogação. Outros 50 internos aguardam entrevistas para futuras vagas.
O secretário da Seap, coronel Marco Antonio Sirotheau Corrêa Rodrigues, ressaltou a importância da iniciativa. “Estamos empenhados em garantir mais oportunidades aos custodiados, qualificando essas pessoas para retornarem ao convívio social com chances reais de conquistar espaço no mercado de trabalho e contribuindo para suas famílias e para a sociedade”, destacou.
Reconhecida internacionalmente, com exportações para mais de 30 países e unidades no exterior, a Petruz vê a ação como uma contribuição além do campo econômico. “Nosso objetivo é fazer a diferença. Não somos só uma empresa. Queremos impactar positivamente o meio onde atuamos, inclusive com projetos sociais”, afirmou Hellen Anjos, coordenadora de Recursos Humanos da empresa.
Para Belchior Machado, da Diretoria de Trabalho e Produção da Seap, a parceria representa um avanço. “Esse tipo de iniciativa gera benefícios em duas frentes: para os custodiados, que se sentem valorizados e têm uma nova perspectiva de vida, e para a empresa, que reconhece o potencial produtivo dessa mão de obra.”
Os internos selecionados atuam em funções como auxiliar de produção e eletricista. Antes da contratação, todos passaram por entrevistas conduzidas pela equipe da empresa. A proposta é que, além da experiência profissional, os custodiados saiam do sistema prisional mais preparados para retomar a vida em liberdade com dignidade e autonomia.
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