Quatro rodadas, zero vitórias e uma torcida cada vez mais impaciente. O Paysandu continua sem encontrar o caminho do triunfo na Série B do Campeonato Brasileiro, acumulando decepções, especialmente em seus jogos como mandante, onde já sofreu duas derrotas. O goleiro Matheus Nogueira, que falhou na partida em Belém contra a Chapecoense, desta vez foi o melhor em campo pelo bicolor, evitando a derrota com defesas cruciais.
Neste sábado, 19, o Papão enfrentou o Operário em Ponta Grossa, Paraná, e, apesar de mostrar ligeira melhora, não passou de um empate sem gols. O resultado reflete a falta de criatividade e os erros crônicos nas finalizações que têm marcado a campanha do time paraense, deixando a Fiel com o grito de gol entalado na garganta.
No Estádio Germano Krüger, o Paysandu até tentou impor seu ritmo nos primeiros minutos, trocando passes na defesa e buscando espaços. Mas o Operário, mais organizado, logo tomou as rédeas do jogo. Aos 13 minutos, Joseph testou a defesa bicolor com um chute perigoso, sem sucesso. Alano, aos 20, também arriscou, mas a bola não encontrou o alvo.
O domínio dos donos da casa era evidente, com maior posse de bola e jogadas mais incisivas, enquanto o Papão se limitava a raras escapadas. A melhor chance paraense veio aos 30 minutos, quando Eliel avançou pela esquerda, mas desperdiçou a oportunidade ao se atrapalhar na hora de finalizar.
Tempo fraco
O segundo tempo trouxe um cenário ainda mais travado. As duas equipes esbarraram na falta de inspiração no meio-campo, com o jogo concentrado em disputas físicas e poucas jogadas de perigo. Aos nove minutos, o Operário quase abriu o placar em uma cobrança de escanteio de Thales.
A zaga bicolor afastou, mas Boschilia, um dos destaques do Fantasma, recuperou a bola e serviu Allan, que tentou de cabeça, mas foi bloqueado pela defesa paraense. O Paysandu, por sua vez, dependia das mãos seguras do goleiro Matheus Nogueira, que brilhou com defesas cruciais, evitando o pior em lances perigosos do adversário.
Apesar do esforço, o Papão não conseguiu superar suas limitações ofensivas, e o Operário, mesmo com maior domínio, também pecou na pontaria. O placar final de 0 a 0 foi um reflexo da falta de qualidade nas finalizações de ambos os lados. Para o Paysandu, o empate fora de casa pode até ser um ponto conquistado, mas está longe de apagar a frustração de uma campanha que ainda não engrenou.
A torcida agora cobra soluções urgentes, especialmente no setor criativo, para que o time volte a sonhar com voos mais altos na Série B.
Próximos jogos
Em busca da primeira vitória na segunda divisão, o Paysandu enfrentará o CRB, no próximo sábado (26), às 19h (de Brasília), no estádio Mangueirão, em Belém. Já o Operário jogará contra o Coritiba, também no sábado (26), às 16h (de Brasília), no Couto Pereira, em Curitiba.
RAIO X DA PARTIDA
Operário – Elias; Diogo Mateus (Thales Oleques), Joseph, Allan Godói e Gabriel Feliciano; Zuluaga (Índio), Fransérgio e Boschilia (Daniel Amorim); Allano (Jhemerson), Vinicius Mingotti (Marcos Paulo) e Rodrigo Rodrigues. Técnico: Bruno Pivetti.
Paysandu – Matheus Nogueira; Bryan Borges, Quintana (Novillo), Luan Freitas e Reverson; Ramón Martínez, Dudu Vieira, Matheus Vargas (André Lima) e Marlon Douglas (Borasi); Eliel (Marcelinho) e Jorge Benítez (Nicolas). Técnico: Luizinho Lopes.
Local: Germano Krüger (Ponta Grossa PR)
Árbitro: Luciano da Silva Miranda Filho (CE)
Assistentes: Nailton Junior de Sousa Oliveira (CE) e Renan Aguiar da Costa (CE). VAR: Rodrigo Batista Raposo (DF)
Cartões amarelos: Zuluaga e Joseph (OPE); Borasi, Matheus Vargas e Dudu Vieira (PAY)
Público pagante: 3.089 pessoas
Público total: 3.265 pessoas
Renda: R$ 33.670,00
MELHORES MOMENTOS
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