Para evitar que o projeto de lei para anistiar os presos pelo 8 de janeiro avance em regime de urgência na Câmara, o Palácio do Planalto acionou ministros de partidos aliados nesta semana. A ordem é convencer deputados das próprias bancadas a recuar do apoio ao requerimento.
Para se ter uma ideia, 146 deputados federais de partidos que compõem a base do governo Lula assinaram o projeto de lei, o número representa mais da metade (56%) das 262 assinaturas coletadas pela liderança do PL, ocupada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (RJ).
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De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o presidente Lula (PT) e a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) fizeram ligações diretas a ministros. Eles receberam uma lista com nomes de parlamentares da base que assinaram o pedido de urgência.
Como o regimento não permite anular assinaturas, o governo tenta apresentar uma lista de “arrependidos” na reunião do colégio de líderes. A ideia é influenciar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a segurar a votação.
O trabalho, porém, não teve muito retorno, pois os ministros relataram a pessoas próximas ouvidas pelo jornal que tiveram dificuldade para reverter os apoios. Os deputados estariam com receio de mudar a posição e enfrentar o público conservador.
Motta já indicou que prefere decidir em conjunto com os líderes e tem sido pressionado também pelo STF, que vê a proposta como ameaça à Justiça.
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