Crime comove Imperatriz e principal suspeita é ex-namorada do atual companheiro da vítima; Polícia aponta motivação por ciúmes e coleta provas para confirmar envenenamento.
Um caso trágico envolvendo um ovo de Páscoa envenenado chocou a cidade de Imperatriz, no Maranhão, e mobiliza autoridades locais. Um menino de sete anos morreu e sua mãe, Mirian Lira Rocha, de 38 anos, e a irmã, Evely Fernanda, de 13, permanecem internadas em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Imperatriz. A principal suspeita é Jordélia Pereira Barbosa, de 36 anos, ex-namorada do atual companheiro de Mirian.
Segundo a Polícia Civil, o chocolate foi entregue na quarta-feira (16) à residência da família com um bilhete manuscrito: “Com amor, para Mirian Lira. Feliz Páscoa.” O presente chegou pelas mãos de um motoboy que não sabia da origem do produto. Minutos após o recebimento, Mirian recebeu uma ligação. Do outro lado da linha, uma voz feminina perguntou se ela havia recebido o ovo e, ao ser questionada sobre quem estava falando, respondeu: “Você vai saber quem é”.
Naquela noite, Mirian, Evely e o pequeno João Pedro comeram o doce. Pouco tempo depois, os três passaram mal. O menino não resistiu e morreu na madrugada de quinta-feira (17). A mãe e a filha foram levadas às pressas para o hospital, onde seguem intubadas. Mirian apresenta disfunções renal e hepática, mas com funções neurológicas preservadas. Já Evely teve piora clínica nas últimas 24 horas e está em estado gravíssimo, segundo boletim médico divulgado nesta sexta-feira (18).
As investigações apontam que Jordélia viajou de Santa Inês até Imperatriz para executar o crime. Câmeras de segurança flagraram a suspeita usando uma peruca e óculos escuros ao comprar o ovo em uma loja da cidade, na tarde de quarta-feira. Mesmo sem confessar o crime, ela admitiu à polícia que adquiriu o chocolate.
Jordélia foi presa na quinta-feira em um ônibus interurbano quando tentava retornar para sua cidade. A polícia encontrou com ela os itens usados no disfarce, que serão periciados. Para o delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Manoel Almeida, há “elementos fortes” que indicam a participação direta da suspeita no envenenamento. A principal linha de investigação aponta para um crime motivado por ciúmes e vingança.
O caso está sendo conduzido pela Delegacia de Homicídios de Imperatriz. Amostras do alimento e material biológico das vítimas foram enviadas para análise no Instituto de Criminalística e no Instituto Médico Legal (IML), que também realizou a necropsia de João Pedro. A cidade aguarda com expectativa os resultados dos laudos, enquanto a tragédia deixa uma família devastada e um alerta sobre os perigos do ódio disfarçado de afeto.
Com informações de UOL e CNN
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