Uma entrega rotineira de comida por aplicativo virou caso de polícia e gerou revolta nas redes sociais. A confusão ocorreu na quarta-feira (16), no bairro Parque Verde, em Belém, e envolveu o entregador Tiago Miranda, de 26 anos, e a delegada da Polícia Civil Kari Grazielle Klat. A atitude da policial, registrada em vídeos, está sob apuração da Corregedoria da Polícia Civil do Pará.
O entregador Tiago Miranda denunciou que foi agredido verbal e fisicamente por Kari durante uma entrega em um condomínio na capital paraense. Ele afirma ter sido puxado pela bag, xingado de “vagabundo” e ameaçado de prisão após se recusar a subir até o apartamento da cliente, prática que não é obrigatória segundo as regras dos principais aplicativos de delivery.
Uma entrega rotineira de comida por aplicativo virou caso de polícia e gerou revolta nas redes sociais. A confusão ocorreu na quarta-feira (16), no bairro Parque Verde, em Belém, e envolveu o entregador Tiago Miranda, de 26 anos, e a delegada da Polícia Civil Kari Grazielle Klat pic.twitter.com/YaY2JlN3fy
— Portal Estado do Pará Online (@Estadopaonline) April 21, 2025
A confusão foi registrada em vídeo e viralizou nas redes sociais, mostrando a delegada exaltada, tentando tirar o celular do entregador e exigindo a entrega do pedido na porta. “Me puxou pela bag, tentou me derrubar e disse que ia me prender”, relatou Tiago.
Segundo ele, ao perceber o tom agressivo, tentou devolver o pedido ao restaurante. “Subi na bicicleta e ela tentou me jogar no chão”, contou. A discussão teria começado porque ele preferiu deixar o pedido na portaria, como já havia comunicado à cliente por mensagem.

Prints da conversa entre os dois mostram que Tiago insistiu para que ela descesse até a portaria. A delegada argumentou estar com o pé machucado e exigiu a entrega no apartamento. Já Tiago explicou que não tinha autorização para subir e que seguiria o protocolo da empresa.
Em nota, a delegada, por meio da Associação dos Delegados do Pará (Adepol), afirmou ter sido chamada de “folgada” pelo entregador, que não teria solicitado o código da entrega. Alegou ainda que o entregador quis sair com o pedido, motivo pelo qual disse que poderia dar voz de prisão.
A Corregedoria da Polícia Civil confirmou que investiga a conduta da delegada. O iFood, plataforma usada no pedido, informou que colabora com as autoridades e reiterou que não tolera qualquer tipo de agressão ou assédio a entregadores, clientes ou estabelecimentos.
Desde a quinta-feira (17), entregadores se reúnem em frente ao condomínio onde o episódio ocorreu em protesto contra a atitude da delegada. A movimentação levou a policial a se abrigar em um apartamento vizinho, segundo nota da Adepol.
Apesar de registrar boletim de ocorrência e afirmar que está sendo intimidada, a delegada é acusada por Tiago e por testemunhas de usar da autoridade para constrangê-lo injustamente. O caso segue repercutindo nas redes sociais e deverá ter novos desdobramentos nos próximos dias.
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O post Delegada agride entregador que se recusou a subir até o apartamento: ‘Me chamou de vagabundo’ apareceu primeiro em Estado do Pará Online.