Um crime brutal chocou a cidade de Tailândia, no nordeste do Pará, na tarde de ontem 20. Raimunda, identificada por familiares e amigos como “Ray”, foi assassinada a facadas pelo próprio companheiro, John Clésio, após uma discussão no bairro Cidade de Deus. O caso está sendo investigado como feminicídio pela Polícia Civil.
De acordo com informações da Polícia Militar, o crime ocorreu dentro da residência do casal. Após cometer o homicídio, John fugiu do local armado com uma faca. A PM foi acionada imediatamente e iniciou uma operação de busca por toda a cidade, utilizando inclusive drones para tentar localizar o suspeito.
A perseguição terminou próximo ao cemitério da cidade, quando uma denúncia anônima informou a presença de um homem com as características de John saindo de uma área de mata. Segundo o sargento Euclides, que participou da operação, ao ser abordado, o suspeito sacou uma faca tipo punhal e acabou sendo baleado por um dos policiais. Ele foi socorrido e levado ao Hospital Geral de Tailândia (HGT), onde teve a morte confirmada.
“A resposta foi imediata. Fomos informados sobre o homicídio e iniciamos as buscas. Recebemos a informação de um cidadão e localizamos o suspeito. Ele não obedeceu à ordem de parada e avançou com uma faca. O policial atirou”, relatou o sargento Euclides. “Não vai trazer a senhora de volta, mas demos a resposta”, completou.
Raimunda era vítima constante de violência doméstica, segundo relataram vizinhos e familiares. A mãe da vítima, emocionada, contou ao portal Tailândia que a filha sofria há anos nas mãos de John.
“Ela passou muita violência com ele, desde o começo. Ele machucava ela, batia, humilhava e ameaçava. Ele ameaçou um filho meu e agora tirou a vida da minha filha. Foi um pedaço que ele tirou de mim. Não estou acreditando que ela se foi”, lamentou.
De acordo com informações, outros desentendimentos entre o casal que resultaram em agressão contra mulher já tinham sido registrados na Delegacia.
Na manhã desta segunda-feira (21), amigos e parentes se reuniram na casa onde ocorreu o crime, aguardando a chegada do corpo de Raimunda, vindo de Tucuruí, para o velório. O clima era de dor, revolta e saudade. “Ray”, como era carinhosamente chamada, foi lembrada por todos como uma mulher alegre, batalhadora e querida.
A Polícia Civil segue com as investigações para esclarecer os detalhes do feminicídio, mas já confirmou que o crime teve motivação passional e que o histórico de agressões é um agravante.
O caso de Raimunda se soma a uma triste estatística de violência contra a mulher no país, reacendendo o debate sobre a importância de denunciar abusos e fortalecer as políticas públicas de proteção às vítimas.
Com informações do portal Tailândia e Ver-O-Fato
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