O mundo amanheceu de luto nesta segunda-feira (21) com a notícia da morte do Papa Francisco, aos 88 anos, na Casa Santa Marta, no Vaticano. O pontífice argentino, primeiro jesuíta e latino-americano a comandar a Igreja Católica, faleceu em decorrência de uma pneumonia bilateral, após semanas de agravamento no quadro respiratório. Líderes políticos, religiosos e personalidades do mundo inteiro prestaram homenagens, entre eles o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), que se pronunciou nas redes sociais.
“Com profundo pesar, recebemos a notícia do falecimento do Papa Francisco, um líder que dedicou sua vida à fé, à justiça social e ao cuidado com os mais vulneráveis. Seu legado de humildade, diálogo e compromisso com a paz seguirá inspirando gerações”, escreveu Helder.
Francisco havia feito sua última aparição pública no Domingo de Páscoa, durante a tradicional bênção “Urbi et Orbi”, na sacada da Basílica de São Pedro. Visivelmente debilitado, o papa não conseguiu ler a mensagem, que foi pronunciada por um assessor. Mesmo com a saúde fragilizada, manteve palavras de esperança e voltou a pedir paz ao mundo.
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, filho de imigrantes italianos. Ingressou na Companhia de Jesus em 1958 e foi ordenado sacerdote em 1969. Depois de uma trajetória sólida na hierarquia eclesiástica, foi eleito papa em 13 de março de 2013, após a renúncia de Bento XVI.
Durante seu pontificado, Francisco ficou marcado por adotar um estilo de vida simples, promover reformas internas na cúria romana e colocar os pobres e os marginalizados no centro das prioridades da Igreja. Sua encíclica Laudato Si’, voltada à preservação do meio ambiente, e suas frequentes declarações sobre justiça social marcaram sua atuação.
Mesmo sem visitar o Pará, o papa mantinha laços espirituais com o estado, especialmente por meio das mensagens enviadas anualmente à Arquidiocese de Belém por ocasião do Círio de Nazaré, uma das maiores manifestações de fé mariana do mundo. Nessas mensagens, Francisco destacava a importância da fé do povo amazônico e sua devoção a Nossa Senhora de Nazaré.
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