O diplomata André Corrêa do Lago, escolhido para presidir a COP30, que será realizada em novembro deste ano em Belém (PA), pediu demissão do cargo de secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente no Ministério das Relações Exteriores. A exoneração, segundo o site Metrópoles, teve efeito retroativo a 11 de abril.
Motivo foi incompatibilidade entre cargos
A saída de Corrêa do Lago do Itamaraty foi motivada por incompatibilidade jurídica para o acúmulo de dois cargos públicos. De acordo com a assessoria do Ministério das Relações Exteriores, a legislação não permite que ele continue ocupando simultaneamente o cargo de secretário e a presidência da COP30. Apesar da exoneração, ele segue como presidente da conferência climática, com apoio do governo federal.
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Carreira diplomática de destaque
Com mais de quatro décadas de experiência, André Corrêa do Lago é um dos diplomatas brasileiros mais respeitados em temas de sustentabilidade e política ambiental. Ele entrou para a carreira diplomática em 1982 e já atuou em postos estratégicos no exterior, incluindo:
- Embaixador do Brasil no Japão (2013–2018)
- Embaixador na Índia e no Butão (2018–2023)
- Representações diplomáticas em Madri, Praga, Washington, Buenos Aires e na missão brasileira junto à União Europeia, em Bruxelas
Desde 2001, Corrêa do Lago se especializou em desenvolvimento sustentável, tendo sido negociador-chefe do Brasil para temas climáticos em dois períodos: de 2011 a 2013 e de 2023 a 2024.
Expectativa da COP30
A COP30 (Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas) é um dos eventos diplomáticos mais importantes do ano e marcará a primeira vez em que será realizada na Amazônia brasileira. De acordo com estimativas da Fundação Getulio Vargas (FGV), o evento deve atrair mais de 40 mil pessoas, sendo cerca de 7 mil representantes oficiais da ONU e de países membros — a chamada “família COP”.
Organização da COP30 sob pressão
A organização da COP30 tem enfrentado críticas e desafios logísticos, principalmente em relação à infraestrutura de Belém. Recentemente, o governo federal firmou acordos com a rede hoteleira da cidade para evitar abusos nos preços das diárias, que chegaram a ultrapassar R$ 2 milhões por hospedagem durante os 15 dias do evento.
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