Em um episódio que choca pela falta de decoro e respeito, a Corregedoria da Polícia Militar do Pará anunciou, nesta segunda-feira (21), a abertura de uma investigação administrativa para apurar a conduta de um soldado que teria ridicularizado a morte do Papa Francisco em um grupo interno de mensagens da corporação.
Prints que circularam nas redes sociais revelam o militar compartilhando uma imagem do pontífice com a frase “Menos um comunista na Terra”, seguida por outro colega que endossa a ofensa com um “Já vai tarde”. As conversas, que também incluem ataques ao Papa por sua proximidade com líderes como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, expõem um comportamento que envergonha a instituição e fere princípios éticos básicos.
A Polícia Militar, em nota, afirmou que as mensagens “não refletem o pensamento da instituição”, prometendo rigor na apuração. No entanto, o simples fato de tais comentários terem sido feitos em um ambiente interno de uma força de segurança pública levanta questões graves sobre a formação, a disciplina e os valores cultivados entre seus membros. A PM limitou-se a dizer que respeita o devido processo legal, sem oferecer prazos ou detalhes do caso.
O incidente ocorre em meio à comoção global pela morte do Papa Francisco, no último domingo (20), um líder admirado por sua defesa da justiça social, do diálogo inter-religioso e da humildade. No Pará, o governador Helder Barbalho decretou luto oficial e destacou o legado humanitário de Jorge Bergoglio, enquanto a Arquidiocese de Belém, por meio de Dom Alberto Taveira Corrêa, condenou veementemente a atitude dos policiais, exigindo punição exemplar.
Entidades de direitos humanos também se manifestaram, apontando o cunho político e religioso do comentário como um ataque à dignidade e à liberdade de crença.
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