COPA VERDE – Todo mundo tenta, mas só o Papão é penta

Em uma noite de pura garra e emoção, o Paysandu Sport Club escreveu mais um capítulo glorioso em sua história ao conquistar o pentacampeonato da Copa Verde 2025. Diante de mais de 38 mil torcedores adversários no Estádio Serra Dourada, em Goiânia (GO), o Papão da Curuzu mostrou resiliência, superou um jogo difícil e, mesmo após estar atrás no placar até o penúltimo minuto, empatou e venceu o Goiás por 5 a 4 nas cobranças de pênaltis, após um empate por 1 a 1 no tempo normal.

O feito heroico, superando as adversidades do jogo, ratifica o Paysandu como o maior campeão da Amazônia, levantando a belíssima taça em uma virada que ficará marcada na memória da Fiel Bicolor.

A partida, que reeditou a final de 2023, começou truncada, com ambos os times lutando por espaço em um confronto equilibrado, mas sem grande criatividade nos primeiros minutos. Mesmo jogando fora de casa, o Paysandu criou a primeira chance clara: PK cobrou escanteio, Rossi cabeceou com perigo, e Leandro Vilela quase completou na frente do goleiro Tadeu.

O Goiás, empurrado pela torcida esmeraldina, respondeu com Rafael Gava, que testou rente à trave após cruzamento de Diego Caito. Mais inspirado, o Verdão abriu o placar com Welliton Matheus, que subiu alto em cruzamento de Lucas Lovat e cabeceou sem chances para Matheus Nogueira. Welliton ainda acertou a trave em chute potente, mantendo a pressão goiana.

Apesar do leve domínio dos donos da casa, o Papão segurou o 1 a 0 até o intervalo, mesmo sem ser efetivo no ataque.

O gol salvador de Matias Cavaleri

No segundo tempo, o cenário permaneceu equilibrado, com o Goiás controlando o jogo e o Paysandu buscando alternativas. Luizinho Lopes tentou mudar o panorama com as entradas de Edílson e Nicolas, dando mais ofensividade ao time. Vagner Mancini, por sua vez, renovou o fôlego esmeraldino com substituições táticas, mas o Papão começou a assustar. Leandro Vilela quase empatou em arremate rasteiro após bola cruzada. Quando tudo parecia perdido, a garra bicolor falou mais alto: aos 48 minutos do segundo tempo, Messias falhou na pequena área, e Matías Cavalleri, com oportunismo, completou para empatar o jogo em 1 a 1, levando a decisão para os pênaltis.

A disputa nas penalidades foi um teste para os corações dos torcedores. O Goiás começou na frente, com Tadeu convertendo sua cobrança e Rossi isolando a primeira do Paysandu. A vantagem esmeraldina, porém, desmoronou quando Gonzalo Freitas desperdiçou, e Cavalleri igualou o placar. Na série alternada, Marcão mandou por cima do travessão, enquanto Leandro Vilela, com frieza, selou a vitória por 5 a 4, desencadeando a festa bicolor no Serra Dourada. O Papão, que desperdiçara suas duas primeiras cobranças, deu uma virada épica, mostrando que a perseverança e a valentia são marcas de seu DNA.

Com o título, o Paysandu não apenas assegurou sua quinta taça da Copa Verde (2016, 2018, 2022, 2024 e 2025), consolidando-se como o maior vencedor do torneio, mas também garantiu vaga direta na terceira fase da Copa do Brasil de 2026. O Goiás, que buscava o bicampeonato após a vitória em 2023, ficou com o vice pela primeira vez. A conquista chega em um momento crucial para o Papão, que vive fase irregular na Série B, ocupando a 17ª colocação com apenas um ponto em quatro jogos. O título pode ser o impulso necessário para a equipe de Marcelo Chamusca reagir na competição nacional, onde enfrenta o CRB no sábado (26), às 19h, no Mangueirão. Já o Goiás, 8º colocado na Série B, visita o Botafogo-SP na segunda-feira (28), às 19h30, na Arena Nicnet.

O Pará vibrou com a conquista do Lobo, que, mesmo sem exibir um futebol brilhante, demonstrou coração e determinação para superar as adversidades. Em um estádio lotado por torcedores rivais, o Paysandu calou a multidão, transformou a pressão em motivação e ergueu a taça com autoridade. Este penta não é apenas um troféu: é a prova de que, no futebol, a garra pode superar qualquer obstáculo. O Papão, mais uma vez, é o rei da Amazônia.


O feito do Paysandu é daqueles que transcendem o placar e entram para a história. Em um contexto de pressão, com um estádio adversário lotado e uma sequência de cinco jogos sem vitória, o time encontrou forças para reverter um cenário desfavorável. O empate no último suspiro e a virada nos pênaltis, após um início desastroso nas cobranças, simbolizam a essência do futebol paraense: paixão, luta e superação. Este título reforça a hegemonia do Papão na Copa Verde e reacende a esperança da torcida para a recuperação na Série B. É um lembrete de que, no futebol, heróis nascem nos momentos mais improváveis.

RAIO X DA PARTIDA

Árbitro: Davi de Oliveira Lacerda (ES). Assistentes: Eduardo Gonçalves da Cruz (MS) e Douglas Pagung (ES

VAR: Rodrigo Batista Raposo (DF)

Cartões Amarelos: Goiás: Marcão e Tadeu. Paysandu: Matheus Vargas, Jorge Benítez, Benjamín Borasi e Ramón Martínez

GOLS: Goiás: Welliton Matheus; Paysandu: Matías Cavalleri

Público: 38.412 (35.184 pagantes)

Renda: R$ 353.730,00

Estádio: Serra Dourada. Local: Goiânia (GO) Goiás

Goiás Esporte Clube

Técnico: Vágner Mancini

Time: Tadeu; Diego Caito (Willean Lepo), Lucas Andrade, Messias, Lucas Lovat (DG); Juninho, Marcão, Rafael Gava (Gonzalo Freitas); Welliton Matheus (Jajá), Arthur Caíke, Pedrinho (Zé Hugo).

Paysandu Sport Club

Técnico: Luizinho Lopes

Time: Matheus Nogueira; Bryan (Edílson), Joaquín Novillo, Luan Freitas, PK (Matías Cavalleri); Ramón Martínez, Leandro Vilela, Matheus Vargas (Nicolas); Rossi, Jorge Benítez (Marlon), Benjamín Borasi (Giovanni).

MELHORES MOMENTOS E GOLS:

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