A opção de usar o vermelho como a cor principal na segunda camisa da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 provocou uma grande reação entre os fãs e especialistas. Esta escolha, nunca antes vista na história do time nacional em Copas, suscita questões não apenas sobre a tradição, mas também sobre a legalidade da alteração, considerando o próprio estatuto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O terceiro capítulo do estatuto da CBF, que aborda os símbolos da organização, incluindo a bandeira, o emblema e os uniformes, é bem claro: de acordo com o inciso 3 do artigo 13, as cores dos uniformes devem estar em conformidade com as presentes na bandeira da CBF, que são idênticas às da bandeira nacional – verde, amarelo, azul e branco. Desse modo, o vermelho não está entre as opções aceitáveis para os uniformes oficiais.
Apesar do estatuto permitir exceções para edições especiais — tal como aconteceu em março de 2024, quando a Seleção vestiu uma camisa preta em um jogo amistoso contra a Espanha como parte de uma campanha antirracista — o uso do vermelho como a cor principal para a camisa 2 na Copa do Mundo não se encaixa, até o momento, nessa circunstância excepcional.
Portanto, para formalizar a mudança, a CBF precisaria modificar seu próprio estatuto, um processo que demandaria formalização e aprovação interna, algo que até agora não foi divulgado publicamente.
A estreia prevista para março de 2026 traz uma novidade: a colaboração com a Jordan Brand, uma subsidiária da Nike pertencente a Michael Jordan. Em vez do icônico símbolo da “vírgula”, o novo uniforme ostentará a silhueta do ex-jogador da NBA, algo que já é visto em uniformes de equipes como o Paris Saint-Germain.
A peça vermelha substituirá a “camisa azul”, tradicionalmente usada como segunda indumentária da Seleção, precisamente na primeira Copa do Mundo a ser realizada em três países – Estados Unidos, Canadá e México.
A opção pelo vermelho, uma cor inédita e cheia de simbolismo, sujeita a Seleção Brasileira a críticas de alguns torcedores e suscita discussões sobre a manutenção da identidade histórica do time em relação às necessidades comerciais e de marketing.
Embora a Nike e a CBF estejam focando na inovação e em novas colaborações globais, a alteração não apenas confronta a tradição centenária da camisa canarinho, mas também, legalmente, pode encontrar obstáculos nas regras que governam o maior símbolo esportivo do país.
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