A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta 4ª feira (30.abr.2025) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu não participar dos atos de 1º de Maio convocados por centrais sindicais neste ano para realizar um pronunciamento sobre a data, quando é celebrado o Dia do Trabalhador. O material gravado pelo petista será veiculado nesta 4ª feira (30.abr) em rede nacional de rádio e TV e deve durar cerca de 5 minutos.
Gleisi defendeu que Lula tem “uma grande ligação com o povo trabalhador” e disse esperar que a mobilização nos eventos seja bem-sucedida, mesmo sem a presença do presidente. Ela deu as declarações em entrevista ao programa “Estúdio i”, da GloboNews.
Em 2024, a celebração do Dia do Trabalho com Lula e 9 ministros contou com um público de 1.635 pessoas, segundo um levantamento da USP (Universidade de São Paulo). Foi realizado no estacionamento da Neo Química Arena, do Corinthians, na zona leste de São Paulo.
Na ocasião, o petista deu uma bronca no ministro Márcio Macêdo, que comanda a Secretaria Geral da Presidência, órgão ligado aos movimentos. Disse que o ato havia sido “mal convocado”.
Lula se reuniu na última semana tanto com Macêdo quanto com líderes sindicais para acertar interesses e pautas pendentes dos movimentos.
Segundo apurou o Poder360, o presidente disse a centrais sindicais em encontro na 3ª feira (29.abr) que defenderá o avanço no Congresso de pautas trabalhistas. As principais reivindicações dos sindicatos são o fim da escala 6 X 1, a redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais e a aprovação do PL (projeto de lei) que isenta do Imposto de Renda os que ganham até R$ 5.000.
Este jornal digital também apurou que a Secretaria Geral não está à frente da organização de qualquer ato programado junto às centrais sindicais. O 1º de Maio tem uma conexão maior com o Ministério do Trabalho e Emprego, não com o Planalto.
Neste ano, o Dia do Trabalhador será pautado principalmente pela defesa do fim da escala 6 X 1, mobilizado por apoiadores e congressistas do Psol.
Militantes do partido afirmam que Lula silencia sobre o assunto e pretendem, com a repercussão dos eventos, dar tração no Congresso ao projeto que ganhou destaque nas redes sociais em novembro do ano passado.