Nesta quarta-feira, 30, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) intensificou o confronto com o Supremo Tribunal Federal (STF).
Beto Simonetti, o presidente da OAB, instruiu seus membros a rejeitarem a “exigência de lacração de celulares como condição para participar de atos judiciais”. A OAB teve conflitos com o STF após o ministro Cristiano Zanin, que preside a 1ª Turma do Tribunal, confiscar os celulares de todos que participaram de uma votação no colegiado, que supostamente envolvia um núcleo tentando um golpe de Estado. Na próxima semana, o Tribunal irá julgar outro grupo de indivíduos.
“A medida não encontra respaldo legal e fere prerrogativas profissionais asseguradas pelo Estatuto da Advocacia”, constatou Simonetti. “Caso a imposição persista, a orientação é clara: não participar do ato e comunicar imediatamente a ocorrência à Ordem.”
De acordo com Simonetti, a OAB continuará adotando “todas as providências necessárias para garantir o respeito à legalidade e às garantias constitucionais da profissão”. “A defesa das prerrogativas não comporta relativizações”, disse. “Trata-se de dever institucional inegociável da OAB.”
Embate entre STF e OAB
Beto Simonetti, o presidente da OAB, esteve com Zanin na segunda-feira 28 para discutir o assunto.
A OAB encaminhou um documento ao ministro, solicitando que a norma não seja implementada em futuros julgamentos. A entidade está preocupada em prevenir que o selamento de celulares se transforme em uma prática comum nas sessões do STF.As informações são da Revista Oeste.
O post Zanin x OAB: disputa sobre celulares pode parar em corte internacional apareceu primeiro em Agora Notícias Brasil.