O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, esteve em Belém nesta segunda-feira (5) para anunciar um pacote de ações do governo federal no Pará, com foco no combate à fome, à pobreza e à ampliação do acesso à água potável em comunidades vulneráveis.
Segundo dados do IBGE divulgados em 2024, o Pará lidera o ranking nacional de insegurança alimentar, tanto em proporção quanto em números absolutos de domicílios em situação grave. Apesar disso, críticas recaem sobre a inércia do governo estadual de Helder Barbalho (MDB), que não teria apresentado ações eficazes para reverter o cenário.
Em Belém, a gestão municipal de Igor Normando (MDB) também é alvo de críticas por ter encerrado o programa de renda mínima Bora Belém, que beneficiava cerca de 80 mil pessoas, e por ter fechado o Restaurante Popular. Outros serviços como a Casa Rua e o Consultório na Rua também estariam sucateados.
Ações anunciadas
Durante a cerimônia em Belém, o ministro Wellington Dias assinou a ordem de serviço para a implantação de 266 unidades de tecnologias sociais e melhorias domiciliares. Também foi lançada uma chamada pública para implantação de tecnologias de acesso à água, com foco em sistemas multiuso individuais que beneficiarão 381 famílias.
Outro destaque foi a liberação do Fomento Rural para 266 famílias. O programa prevê o acompanhamento social e produtivo aliado à transferência direta de R$ 4,6 mil por família, em recursos não reembolsáveis, destinados ao desenvolvimento de projetos produtivos sustentáveis no campo.
Além disso, o governo federal entregou cinco caminhões para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Indígena, que incentiva a agricultura familiar e promove a segurança alimentar. Também foram entregues três veículos e equipamentos para abrigos de mulheres ameaçadas, fortalecendo a rede de proteção social no estado.
As ações fazem parte da estratégia do governo Lula para reduzir desigualdades sociais, com foco nas regiões Norte e Nordeste, onde os indicadores de pobreza e insegurança alimentar são mais críticos.
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