Secretário de Educação, Rossieli Soares e o governador Helder Barbalho (MDB). Foto: Reprodução
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e seu secretário de Educação, Rossieli Soares, decidiram “cutucar a onça com vara curta” ao deixar de pagar o piso salarial do magistério aos professores da rede pública de ensino do Pará, entre outras pendências.
A última tentativa de subtrair direitos não terminou bem para o governo. Sob pressão de uma greve geral e com a ocupação da Secretaria de Educação por povos indígenas, o governador viu-se obrigado a assinar um termo comprometendo-se a revogar a famigerada Lei 10.820/2024 – votada às vésperas do Natal, em sessão com portas fechadas e sob vigilância da Polícia Militar. A lei retirava direitos historicamente conquistados e precarizava ainda mais a educação pública, abrindo caminho para a privatização do ensino.
Agora, como primeiro aviso, os educadores anunciam uma paralisação estadual no próximo dia 12, em frente à Casa Civil. “Governador Helder Barbalho, chega de enrolação! Não aceitaremos o calote. Pague o que nos deve!”, diz a convocação para o ato.
“Já estamos em maio, e o governo ainda não deu resposta sobre o reajuste salarial para os demais funcionários das escolas. Este mês é o limite para o cumprimento da data-base dos servidores públicos estaduais. Além disso, pautas como a GDAE, o concurso público, a implementação do PCCR e a retomada do pagamento dos 80% da Gratificação de Titularidade para os temporários continuam na interminável fila de espera desta gestão”, afirma o informe do Sintepp.
“Com os cortes de recursos e as ameaças de privatização do ensino, Rossiele permanece intocável na posição de ‘melhor amigo do patrão’, enquanto o assédio moral ronda nossos locais de trabalho”, acrescente o sindicato.
Plano Estadual de Educação 2025–2035
Outro projeto que vai merecer atenção da categoria e da sociedade, foi anunciado pelo governo Helder, através das redes sociais nesta quarta (7): a construção de um novo Plano Estadual de Educação 2025–2035. Ao que tudo indica, mais uma proposta que vai chegar pronta, depois de ser construída a portas fechadas, sem participação social.
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