Brasil registrou rendimento per capita recorde em 2024 – Foto: Ricardo Stuckert / PR
Brasil registrou rendimento per capita recorde em 2024 e o menor nível de desigualdade desde 2012, quando foi iniciada a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) sobre Rendimento de Todas as Fontes. As informações do módulo anual da pesquisa foram divulgadas nesta quinta-feira, 8 de maio, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Seguiremos trabalhando para fortalecer a economia brasileira, garantindo políticas de proteção e também de estímulo ao desenvolvimento para todos os brasileiros e brasileiras. Esse é o compromisso do nosso governo
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República
Em 2024, a massa de rendimento mensal domiciliar per capita, que é a soma de todos os rendimentos da população, atingiu o maior valor desde 2012: R$ 438,3 bilhões. O crescimento foi de 5,4% frente a 2023. Na comparação com 2019, o ano anterior à pandemia de Covid-19, houve uma alta de 15%.
O rendimento mensal real domiciliar per capita também chegou ao maior valor da série em 2024: R$ 2.020, com alta de 4,7% ante 2023. Em relação a 2012 (R$ 1.696), a elevação foi de 19,1%. O Nordeste apresentou o menor valor (R$ 1.319) e o Sul, o maior (R$ 2.499). Entre as unidades da Federação, o Distrito Federal (R$ 3.276) liderou, com São Paulo (R$ 2.588) e Santa Catarina (R$ 2.544) a seguir. O menor valor foi do Maranhão (R$ 1.078), seguido por Ceará (R$ 1.210) e Amazonas (R$ 1.231).
Já o rendimento de todas as fontes, da população residente com rendimento, aumentou 2,9% frente a 2023, atingindo R$ 3.057 em 2024, recorde da série histórica. Igualmente, outros indicadores atingiram seus maiores valores reais desde 2012: o rendimento habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 3.225) e o de programas sociais do governo (R$ 836).
MENOR NÍVEL DE DESIGUALDADE — O estudo também mostra que três indicadores que avaliam as desigualdades de rendimento na PNAD Contínua caíram aos menores níveis da série histórica. Em 2024, os 10% da população com os rendimentos mais elevados recebiam o equivalente a 13,4 vezes o rendimento dos 40% da população com os menores rendimentos. Essa foi a menor razão da série histórica, que atingiu seu pico (17,1 vezes) em 2018.
DINAMISMO DO MERCADO DE TRABALHO — Segundo o analista do IBGE, Gustavo Fontes, entre os fatores que podem explicar o crescimento do rendimento médio dessa parte da população, estão: “o dinamismo do mercado de trabalho nos últimos anos, com a elevação do nível de ocupação e o crescimento do rendimento médio do trabalho, inclusive nos décimos mais baixos, bem como os reajustes do salário mínimo e o recebimento de benefícios de diferentes programas sociais do governo”, afirmou.
Já o 1% da população com maiores rendimentos recebia o equivalente a 36,2 vezes o rendimento dos 40% com a menor renda. Essa também foi a menor razão entre esses dois segmentos, em toda a série da pesquisa. O auge desse indicador (48,9 vezes) foi atingido em 2019.
Além disso, o índice de Gini do rendimento mensal real domiciliar per capita também chegou ao seu menor nível na série histórica: 0,506. O Gini mais alto da série (0,545) ocorreu em 2018. Esse indicador mede a concentração de renda e varia de 0 (máxima igualdade) a 1 (máxima desigualdade).
Nesse contexto, observa-se que, entre 2023 e 2024, o aumento no rendimento per capita ocorreu com maior intensidade nas classes de menor renda, enquanto nas classes de maior renda, o crescimento do rendimento per capita ficou abaixo da média nacional.
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