“HABILIDADES DE SOBREVIVÊNCIA À GUERRA NUCLEAR” DE CRESSON H. KEARNY: O PÂNICO MATA MAIS DO QUE A RADIAÇÃO

  • “Nuclear War Survival Skills”, de Cresson H. Kearny (1979/1987), voltou a ganhar atenção em meio às crescentes tensões nucleares, oferecendo estratégias práticas para sobreviver a um ataque, combinando engenharia e resiliência psicológica.
  • Kearny argumentou que o pânico — não a radiação — poderia causar a maioria das vítimas pós-ataque. Ele enfatizou a educação para desmistificar a radiação e conter o medo irracional, citando paralelos com o Blitz de Londres.
  • Kearny promoveu a hormese (radiação de baixa dose que pode aumentar a imunidade), uma ideia debatida, para combater o terror e encorajar respostas racionais em crises.
  • Seu manual apresentava soluções escaláveis ​​e de baixo custo, como o Kearny Fallout Meter (KFM) para medir radiação e abrigos cobertos de terra (com designs como a Kearny Air Pump) para suportar explosões e calor.
  • Kearny condenou políticas inadequadas de defesa civil, instando a preparação popular e a advocacia política. Seu trabalho continua influente entre preppers e acadêmicos, enfatizando o conhecimento e a autoconfiança como chaves para a sobrevivência.

Em uma era de crescentes tensões geopolíticas, um manual de décadas sobre sobrevivência à guerra nuclear ganhou atenção renovada. Originalmente publicado em 1979 e atualizado em 1987 e novamente em 2001, “Nuclear War Survival Skills” de Cresson H. Kearny oferece um modelo assustador, porém pragmático, para suportar o impensável. À medida que a instabilidade global desperta novas preocupações sobre ameaças nucleares, o conselho de Kearny da era da Guerra Fria — enraizado na precisão da engenharia e na resiliência psicológica — levanta uma questão crítica: essas estratégias ainda podem funcionar hoje?

Kearny, um engenheiro e ex-oficial do Exército, argumentou que o pânico — não a radiação — poderia ser a consequência mais mortal de um ataque nuclear. Traçando paralelos com a Segunda Guerra Mundial, ele observou que o medo durante o Blitz de Londres causou mais caos do que as próprias bombas. Sua solução? Educação. Ao desmistificar a radiação e ensinar habilidades práticas, Kearny acreditava que cidadãos comuns poderiam manter a clareza em uma crise.

Uma de suas alegações mais controversas centrou-se na hormese — a teoria de que a radiação de baixa dose pode estimular respostas imunológicas. Enquanto debatido, Kearny insistiu que entender as nuances da radiação poderia conter o terror irracional, um passo vital para a sobrevivência.

No cerne do manual de Kearny está a autoconfiança. Seu Kearny Fallout Meter (KFM), um dispositivo caseiro desenvolvido com cientistas do Departamento de Energia dos EUA, permitiu que os usuários medissem a radiação com materiais domésticos. “Os seres humanos não podem sentir, cheirar, saborear, ouvir ou ver a radiação de precipitação radioativa”, ele alertou. Sem um medidor, os sobreviventes estariam “voando às cegas”.

A construção de abrigos era igualmente detalhada. Kearny promoveu abrigos de emergência cobertos de terra, que poderiam ser construídos rapidamente e suportar pressões de explosão de até 50 psi. Seus projetos alavancaram o arqueamento da terra — um fenômeno em que o solo distribui as forças da explosão — e incluíram sistemas de ventilação como a Kearny Air Pump (KAP) para evitar insolação em espaços confinados.

Kearny reservou duras críticas às políticas de defesa civil do governo dos EUA, chamando-as de perigosamente inadequadas. Ele pediu às famílias que tomassem a sobrevivência em suas próprias mãos, defendendo a preparação popular e a advocacia política para exigir melhores proteções. Seu manual não era apenas sobre suportar desastres — era um chamado à ação para prevenir um.

Embora a Guerra Fria tenha desaparecido, o trabalho de Kearny persiste em comunidades prepper e círculos acadêmicos. Sua ênfase em soluções escaláveis ​​e de baixo custo — como o KFM e abrigos improvisados ​​— ressoa em uma era de cultura “faça você mesmo” e ansiedades nucleares renovadas.

“A preparação é o antídoto para o pânico”, escreveu Kearny. Seu livro, partes iguais de guia técnico e manifesto, ressalta uma verdade atemporal: conhecimento, não medo, pode ser a melhor defesa da humanidade.

Enquanto os líderes mundiais lutam com a crescente retórica nuclear, o manual de Kearny serve como um lembrete severo — e um roteiro — para a sobrevivência em uma era incerta. Se suas estratégias se manteriam hoje ainda não foi testado. Mas para aqueles que não estão dispostos a deixar a sobrevivência ao acaso, seu conselho perdura: mantenha-se informado, mantenha-se preparado e, acima de tudo, mantenha-se calmo.

 

Fonte: https://www.newstarget.com/2025-04-04-cresson-kearny-panic-kills-more-than-radiation.html

 

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