Trinta e dois clubes brasileiros da série A e B do Campeonato Brasileiro declararam apoio à candidatura de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), à presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). As eleições para a nova diretoria devem ser realizadas em 25 de maio.
Além da FPF, Reinaldo também é vice-presidente da CBF desde 2022. Ele foi reeleito em 2025 com apoio das 27 federações estaduais e dos 40 clubes das séries A e B.
Em nota, os clubes criticaram a falta de liderança e transparência dentro da instituição. Afirmam que o futebol, que deveria ser o ponto central da instituição, está perdendo espaço para questões judiciais.
“Estamos perdendo todas as partidas que acontecem fora do campo. Falta liderança, falta decisão, falta transparência, falta respeito. E falta o principal: o protagonismo dos clubes. Afastados, banidos e impugnados nenhum dos últimos 5 presidentes da CBF terminou seu mandato. O futebol brasileiro não pode mais ser jogado nos tribunais. Ele precisa voltar aos gramados. E isso só acontece com os clubes em campo”, diz um trecho do comunicado.
Eis a lista dos clubes que apoiam Reinaldo:
- Atlético Mineiro;
- Bahia;
- Ceará;
- Corinthians;
- Cruzeiro;
- Flamengo;
- Fluminense;
- Fortaleza;
- Internacional;
- Juventude;
- Mirassol;
- Bragantino;
- Santoss;
- São Paulo;
- Sport;
- Vitória;
- Amazonas;
- América Mineiro;
- Athletico Paranaense;
- Atlético Goianiense;
- Avaí;
- Botafogo-SP;
- Chapecoense;
- Coritiba;
- CRB;
- Criciúma;
- Cuiabá;
- Ferroviária;
- Goiás;
- Novorizontino;
- Operário-PR;
- Vila Nova.
Entre os times grandes, só Vasco, Grêmio e Botafogo não apoiam o candidato. A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, não se manifestou.
EDNALDO É AFASTADO DA CBF
O então presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, foi afastado do cargo pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) na 5ª feira (15.mai). Fernando Sarney, vice-presidente da entidade, foi nomeado interventor pela Justiça e convocou novas eleições.
Ednaldo recorreu da decisão no STF (Supremo Tribunal Federal). Também pediu que o novo processo eleitoral seja suspenso.
O afastamento do dirigente decorre de questionamentos sobre um acordo firmado com o Ministério Público, que viabilizou sua eleição em 2022. A investigação apura possível falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima no documento. O acordo foi homologado pelo STF em fevereiro de 2025.
Nunes tem 86 anos e enfrenta problemas de saúde, incluindo tumor cerebral e cardiopatia grave, o que levanta dúvidas sobre a validade do documento.