Papão mostra garra, mas falta competência e pontaria: jejum de vitórias

O Paysandu vive um calvário na Série B do Campeonato Brasileiro, marcado pela falta de vitórias e por atuações que, apesar da entrega, carecem de qualidade técnica e organização. Neste domingo, 18, o Papão enfrentou o Goiás no Estádio Mangueirão, em Belém, pela 8ª rodada da competição, e o resultado foi mais um empate sem gols, refletindo as dificuldades crônicas da equipe paraense. Vitória que é bom, nada. O jogo, que começou com alguma promessa, terminou como um retrato das limitações do elenco bicolor: garra de sobra, mas futebol de menos.

Na primeira etapa, o Paysandu encontrou dificuldades na saída de bola, pressionado por um Goiás bem organizado, que tratava a bola com cuidado e parecia jogar em casa. O Papão, por sua vez, apostava na correria, mas de forma desorganizada, pecando na construção das jogadas. Aos poucos, os bicolores conseguiram equilibrar as ações, pressionando os esmeraldinos e tomando a iniciativa, mas esbarravam na falta de repertório e na imprecisão no último passe.

As defesas de ambas as equipes levaram a melhor, e o jogo, apesar de disputado, teve poucas chances claras de gol. O 0 a 0 ao fim do primeiro tempo foi um reflexo da solidez defensiva e da ineficiência ofensiva dos dois lados.

O segundo tempo trouxe mais intensidade, com o Goiás iniciando melhor. Aos 7 minutos, os esmeraldinos quase abriram o placar, quando William Lepo finalizou dentro da área, mas Edílson salvou o Paysandu em cima da linha. A resposta bicolor veio aos 11 minutos, em uma jogada bem trabalhada por Rossi, que cruzou para Nicolas cabecear com perigo, mas Tadeu, goleiro do Goiás, fez uma defesa espetacular.

O jogo ganhou emoção, mas também revelou falhas gritantes. Aos 32 minutos, um lance bizarro evidenciou a desconcentração do Paysandu: Edílson, com o gol à sua frente, optou por tocar para trás ao invés de finalizar, gerando um contra-ataque goiano. Arthur Caíke, aproveitando a desatenção do goleiro Matheus Nogueira, que estava fora de posição, chutou para fora, para alívio dos bicolores.

Nos minutos finais, a entrada de Marcelinho trouxe novo fôlego ao ataque do Paysandu, que partiu para uma verdadeira blitz em busca da vitória. A vontade era evidente, mas a falta de técnica e organização impediu que o gol saísse. O empate por 0 a 0, ao apito final, foi um desfecho frustrante, mas justo, diante do que as equipes apresentaram.

O Paysandu, com esse resultado, segue afundado na zona de rebaixamento, e o risco de queda para a Série C é cada vez mais real. A diretoria precisa agir com urgência, investindo em contratações de jogadores que tragam qualidade e assumam a titularidade, em vez de apenas preencher o banco de reservas.

O elenco atual demonstra empenho, mas carece de atletas capazes de colocar a bola no chão, criar jogadas com refino e decidir na frente do gol. A torcida, apaixonada e fiel, merece ver o Lobo respeitado novamente, mas isso só será possível com mudanças drásticas no planejamento e na gestão do futebol.

O próximo jogo será crucial para o Papão começar a reverter esse cenário preocupante.

RAIO X DA PARTIDA

Local: Mangueirão

Juiz: Marcio dos Santos Oliveira (AL)

Assistentes: Rondinelle Dos Santos Tavares (AL) e Ruan Luiz de Barros Silva AL

Quarto Árbitro: Djonaltan Costa de Araujo (PA)

Cartões amarelos: Benítez e Nicolas (Paysandu); Willean Lepo, Gonzalo Freitas, Jajá e Rodrigo Andrade (Goiás)

Paysandu: Matheus Nogueira; Edilson, Luan Freitas, Maurício Antônio e PK (Bryan Borges); Leandro Vilela, André Lima (Ramón Martinez) e Matheus Vargas (Giovanni); Rossi, Benitez e Nicolas (Marcelinho). Técnico: Luizinho Lopes

Goiás: Tadeu; Diego Caito (Baldória), Messias, Lucas Ribeiro e Willean Lepo; Gonzalo Freitas, Juninho e Rafael Gava (Rodrigo Andrade); Welliton Matheus (Jajá), Anselmo Ramon (Barceló) e Pedrinho (Arthur Caíke). Técnico: Vágner Mancini

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