Daniel Munduruku e Mestre Damasceno na cerimônia de Entrega da Ordem do Mérito Cultural, no Palácio Gustavo Capanema. Rio de Janeiro – RJ. Foto: Ricardo Stuckert / PR
Personalidades e entidades que contribuem para o desenvolvimento da cultura no Brasil receberam nesta terça-feira (20), a Ordem do Mérito Cultural (OMC), a maior honraria pública do setor cultural brasileiro. A cerimônia de entrega aconteceu no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro (RJ), com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Cultura, Margareth Menezes. A solenidade marcou também a reinauguração do edifício histórico, fechado há 10 anos, e celebra quatro décadas do Ministério da Cultura (MinC) com o tema “40 anos do MinC: Democracia e Cultura”.
Neste ano, foram condecoradas 112 pessoas e 14 instituições, entre as quais, 4 são do Pará (veja quem são abaixo). “A volta da Ordem do Mérito Cultural é um marco importante, pois valoriza aqueles que constroem a nossa cultura com dedicação e talento. É o reconhecimento da cultura enquanto alicerce para a democracia e para a construção de um país mais inclusivo e diverso”, destacou a ministra da Cultura, Margareth Menezes.
A retomada da OMC, suspensa desde 2019, contou com ampla participação popular. Durante 10 dias, o MinC recebeu 11.318 contribuições via formulário digital, envolvendo nomes de indivíduos, instituições e coletivos de todo o Brasil. Os segmentos mais indicados foram artes cênicas (26,5%), música (22,1%), literatura (12,2%), audiovisual (9,9%) e culturas urbanas (8,5%). As sugestões foram analisadas por uma Comissão Técnica e pelo Conselho da Ordem.
Os homenageados serão reconhecidos em três diferentes graus: Grã-Cruz, para as maiores distinções; Comendador, para contribuições de destaque; e Cavaleiro, para contribuições relevantes em suas áreas de atuação. A escolha reflete a diversidade e riqueza cultural do Brasil, valorizando expressões artísticas de distintas regiões, trajetórias e linguagens.
As indicações abrangeram os mais variados segmentos culturais, como acervo, arquitetura, artes cênicas (teatro, dança e circo), artes visuais, audiovisual, cultura digital, cultura indígena, cultura tradicionais e populares, culturas urbanas, fotografia, literatura, música e patrimônio cultural.
– Grau: Comendador
Damasceno Gregório dos Santos – Mestre Damasceno
Artista popular e educador, Mestre Damasceno é referência em cultura afro-brasileira, Carimbó e Búfalo-Bumbá. Atua na preservação e ensino de saberes tradicionais no Marajó-Pará.
Daniel Munduruku
Escritor e ativista indígena do povo Munduruku, nascido no Pará, é autor de mais de 50 livros que abordam cultura indígena e identidade. Recebeu diversos prêmios, como o Jabuti.
Ionete da Silveira Gama – Dona Onete
Cantora e compositora paraense, Dona Onete explodiu tardiamente com seu carisma e ritmo envolvente, criando o “carimbó chamegado”. É símbolo da força da música nortista.
– Grau: Cavaleiro
Maeve Jinkings Melo Silva – Maeve Jinkings
Atriz paraense premiada, atuou em filmes como Aquarius e Boi Neon, além de novelas e teatro.

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