Filhos escondem corpo de pai morto por 6 meses para não ‘perderem’ aposentadoria

A Polícia Civil, por meio da 37ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro, prenderam, na Ilha do Governador (RJ), dois irmãos em flagrante que mantinham o corpo do próprio pai na residência há cerca de seis meses. A suspeita é de que eles mantinham o corpo na casa para continuarem recebendo dois benefícios do INSS em nome da vítima.

De acordo com vizinhos, o homem, identificado como Dario Antonio Rafaelle D’Ottavio, de 88 anos, não era visto desde 2023. A população, que sentiu falta do idoso, chamou a polícia. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram o cadáver em estado de esqueletização. O corpo estava em um dos quartos no andar de cima. Para não levantar suspeitas, o cômodo foi totalmente vedado para conter o cheiro.

Os dois irmãos, identificados como Marcelo Marchese D’Ottavio e Tania Marchese D’Ottavio, resistiram à prisão e ainda tentaram conter os policiais. A dupla foi presa em flagrante e apresentada na Delegacia por ocultação de cadáver, resistência e lesão corporal. 

Audiência de custódia mantém prisão 

Neste sábado, 24, a justiça carioca converteu de temporária para preventiva a prisão dos dois suspeitos durante audiência de custódia. Como foram internados em uma unidade psiquiátrica, os dois irmãos não compareceram à sessão. 

A juíza Laura Noal Garcia, da 14ª Vara Criminal, ponderou que Marcelo e Tânia não tinham antecedentes criminais, mas “a gravidade concreta das condutas por eles praticadas justifica a manutenção da custódia cautelar”. 

A magistrada destacou ainda que os irmãos “resistiram à entrada domiciliar lícita dos agentes policiais em cumprimento de mandado de busca e apreensão, sendo necessário uso de força policial para contê-los”, e afirmou que Marcelo “apresentou comportamento agressivo, agitado e alterado”.

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