Pesquisadores da Universidade Federal do Oeste do Pará revelaram que a coloração presente no rio Tapajós, em Santarém, no Baixo Amazonas, se deve à atividade garimpeira ilegal. O estudo foi divulgado nesta sexta-feira, 23, após coleta da água utilizada para banho no distrito de Alter do Chão e da Orla de Santarém.
Segundo a pesquisa, a floração de cianobactérias ainda está dentro do parâmetro permitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, já apresenta riscos para o consumo.
Segundo Dávia Talgatti, doutora em Botânica e pesquisadora da UFOPA, o fenômeno é natural, mas até certo ponto. “É um fenômeno da natureza, mas que, diferente das últimas décadas, principalmente as de 70 e 80, essa mudança tem ocorrido mais rapidamente. E descobrimos que essa coloração pode conter toxinas, que representam riscos à saúde dos banhistas”, pontuou.
Em nota, a Prefeitura de Santarém informou que a ação humana, por meio de processos de poluição, pode intensificar o fenômeno, assim como registro de fortes chuvas que favorecem o carregamento de materiais orgânicos para o leito do rio, aumentando o fluxo de águas. E garantiu que o fenômeno não oferece riscos à biodiversidade local e recomendou que a água não seja consumida para uso humano.
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