A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta 3ª feira (27.mai.2025) que a criação de 4 unidades de conservação no Amapá não afetariam a prospecção de petróleo na Margem Equatorial.
“Não incide sobre os blocos de petróleo e não foi inventado agora para inviabilizar a Margem Equatorial. É um processo que vem desde 2005″, afirmou à Comissão de Infraestrutura do Senado.
A ministra afirmou que as unidades, ainda em fase de estudo, estão a mais de 100 quilômetros da região de interesse para exploração de petróleo. Eis a íntegra da apresentação (PDF – 5 MB).

Durante a apresentação, Marina Silva afirmou que a criação das unidades de conservação não afetarão a área de prospecção de petróleo.
Pelos estudos, as 4 unidades de conservação somariam 1,3 milhão de hectares de proteção aos ecossistemas costeiros e marinhos.
Marina afirmou que as reservas são importantes para proteger a biodiversidade e que o Brasil tem um deficit de 10 milhões de hectares em unidades de conservação.
Segundo ela, a ideia de criar as áreas de conservação foi discutida no passado e tinha o apoio de senadores amapaenses, incluindo o atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e Randolfe Rodrigues (PT-AP).
Ela afirmou haver uma “série de informações” que fazem parecer que a criação foi inventada “agora para inviabilizar o empreendimento” da Margem Equatorial.
OPOSIÇÃO CRITICA
Senadores críticos às áreas de conservação declararam que a população local não foi consultada.
“Será que, de novo, vão criar reservas no Amapá sem ouvir a população? […] O Amapá é um Estado que não estamos mais dispostos a criar reservas. Por que não cria no Pará essa reserva de 1,3 milhão (de hectares)?”, disse Lucas Barreto (PSD-AP).