Belém é a 4ª cidade com mais ricos, mas também uma das mais favelizadas do Brasil

Belém aparece entre as quatro capitais brasileiras com maior proporção de pessoas na elite econômica. Dados do IBGE mostram que 8,1% da população da cidade pertence à classe A, ficando atrás apenas de Vitória (ES), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ).

Apesar disso, mais da metade da população vive em áreas de favela. Segundo o Mapa da Desigualdade 2024, do Instituto Cidades Sustentáveis, 55,5% dos domicílios de Belém estão em áreas precarizadas, o que torna a capital uma das mais favelizadas do país.

No ranking geral de qualidade de vida entre as capitais, Belém ocupa a 24ª posição entre 26 cidades, ficando à frente apenas de Recife e Porto Velho. O levantamento avalia indicadores como saúde, educação, saneamento, mobilidade e infraestrutura urbana.

O contraste urbano é evidente: condomínios de luxo e shopping centers coexistem com regiões sem saneamento básico, transporte público eficiente ou acesso a serviços essenciais.

Embora o número de pessoas na elite econômica tenha crescido, os investimentos públicos seguem abaixo do necessário para garantir qualidade de vida à maioria. O risco é o agravamento das desigualdades, com a formação de uma elite isolada em meio à precariedade urbana.

A situação chama ainda mais atenção diante da escolha de Belém como sede da COP30, em 2025. A capital estará no centro das discussões sobre o futuro do planeta, embora sua população enfrente desafios básicos de acesso a direitos e infraestrutura.

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