O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza, entre os dias 4 e 9 de junho, uma visita de Estado à França, a primeira de um chefe de governo brasileiro ao país desde 2012, quando a então presidente Dilma Rousseff esteve em Paris. Durante a viagem, Lula deve firmar 20 acordos bilaterais com o presidente Emmanuel Macron, incluindo cooperação nas áreas de clima, segurança pública, vacinas, educação e ciência e tecnologia.
Um dos pontos centrais da agenda será o anúncio de uma nova declaração conjunta sobre mudança climática, além da possível criação de um corredor marítimo descarbonizado entre os dois países. A medida reforça o compromisso mútuo com o meio ambiente e antecipa debates importantes da COP 30, que será sediada pelo Brasil em 2025.
De acordo com o embaixador Flávio Goldman, do Itamaraty, a visita acontece em um momento positivo do relacionamento bilateral. A França é hoje o terceiro maior investidor no Brasil, com mais de US$ 66,3 bilhões em estoque, e a corrente de comércio entre os países somou US$ 9,1 bilhões em 2024, um aumento de 8% em relação a 2023.
O primeiro compromisso oficial de Lula será no dia 5, com a cerimônia de chegada no Hotel des Invalides, tradicional palco de eventos militares franceses. Em seguida, ele se reúne com Macron no Palácio do Eliseu, com declarações à imprensa e assinatura de acordos.
A agenda segue com compromissos em Mônaco, no dia 8, em evento sobre economia azul e conservação dos oceanos. No dia 9, Lula participa da Terceira Conferência da ONU sobre os Oceanos, em Nice, ao lado de pelo menos 60 chefes de Estado. Ele também visitará a sede da Interpol, em Lyon, atualmente comandada pelo brasileiro Valdecy Urquiza.
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