Homens em 2025 causam o terror na mulherada solteira

Muitas mulheres estão compartilhando situações cômicas e críticas sobre comportamentos masculinos modernos que têm dificultado relacionamentos. Com a hashtag #HomensEm2025, expõem o homem “princeso”, aquele cuja única atitude é cobrar que a mulherada o chame pra sair ou, após o encontro, cobra cada centavo do que foi gasto, dentre outros comportamentos no mínimo suspeito ou estranho.

O que parece é que elas não querem os extremos, nem o Rede Pill – que em todo discurso vê as mulheres como culpadas de qualquer caos social -, muitos menos o “feministo”, que pede até desculpas por ser homem na sociedade patriarcal. O problema é que, segundo elas, o que está no meio, ou seja, os machos mais razoáveis, já estão quase todos casados ou são gays. Game Over.

Quem foi jovem lá pelos anos de 2012, quando a economia aparentemente estava melhor e o que mais assustava o brasileiro era o fim do mundo, segundo os maias, havia um fortalecimento do discurso feminista que – corretamente – cobrava uma mudança de postura masculina, com a desconstrução de uma identidade que, por vezes agredida, silenciava a mulherada.

Anos antes, algumas bandas com integrantes um tanto afeminados, abalaram as estruturas de padrão de beleza masculina e passaram a ser alvo de disputa. Camisa floral, violão e ukulele, ouvir a nova MPB melancólica, defender as minorias até no que não precisam e começar a usar termos como “me mimei”, “gratiluz” e “diva”, fizeram a mudança masculina sair um pouco do controle.

A desconstrução tinha sido profunda demais, causando tédio e, agora, revolta. O “fiu fiu” na rua desapareceu, mas junto foi sendo extinta a atitude de chamar pra sair, o obcecado pela conquista, o que programa tudo para uma noite perfeita.

Agora estão aí, aos montes, os que se reservam a dar curtidas em fotos nas redes sociais, que mandam mensagens apenas para dizer bizarrices ou reclamar que a “diva empoderada” ainda não chamou “princeso” para sair.

Em 2017, eu era solteiro e chamei minha atual noiva para sair. Como produto do meu tempo, confesso, cheguei no nível da roupa floral e flertei com o pensamento de rachar a conta. Mas tive coragem, planejei encontros, fiz convites. Proativo, ando do lado da rua durante passeios a pé, carrego sacolas pesadas, prezo pela segurança dela mais que a minha.

Não gosto de frescura, como carne, faço tarefas domésticas, soluciono problemas, gosto de futebol e sei trocar a roda do meu carro. Ufa, talvez eu seja um homem de 2017.

Não sendo de 2025, fiquei no lucro.

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