O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo vai “se debruçar” sobre o impasse da alta no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) até 4ª feira (4.jun.2025). Esse é o dia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaja para a França. Segundo o chefe da equipe econômica, a estada do chefe no exterior não será um problema.
“Os 3 presidentes –da República, da Câmara e do Senado– concluíram que vale a pena esta semana, antes da viagem do presidente, se debruçar sobre essas questões e tomar uma decisão”, declarou Haddad a jornalistas nesta 2ª feira (2.jun) na sede de seu ministério, em Brasília.
O governo Lula aumentou a carga do Imposto sobre Operações Financeiras para fortalecer a arrecadação. A expectativa era de que R$ 19 bilhões entrassem nos cofres públicos em 2025 para diminuir a necessidade de mais contenções no Orçamento.
Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), deram o prazo de 10 dias contados a partir de 28 de maio para o ministro apresentar uma solução sobre o assunto.
Haddad minimizou o prazo que recebeu: “Eu não preciso dos 10 dias. Sabemos o que precisa ser feito”.
O chefe da equipe econômica também declarou que as medidas não necessariamente vão resultar na revogação imediata do decreto que elevou o IOF. Sinalizou que as medidas devem andar juntas.
“Precisa retomar uma decisão política do que será feito. Diante do que ouvi, acredito que esta semana a gente possa resolver e melhorar tanto a regulação do IOF quanto às questões estruturais. Não dá mais para dissociar uma coisa da outra”, disse.
Assim como Lula fez no dia anterior, Haddad elogiou Hugo Motta pelo que chamou de “oportunidade” de fazer reformas econômicas com apoio do Congresso. Afirmou que o chefe da Câmara e Alcolumbre são “parceiros fundamentais do país”.
“Eles [Motta e Alcolumbre] sabem que tem o amanhã. Amanhã tem outro governo. Tem eleição. Tem discussão sobre esses temas.”