A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, por meio de resolução recente, a comercialização, fabricação, distribuição e uso de três marcas de café após identificar graves irregularidades sanitárias. As marcas envolvidas são: Melissa, Pingo Preto e Oficial que foram classificadas como impróprias para o consumo humano após inspeções constatarem a presença da toxina ocratoxina A, substância prejudicial à saúde.
A medida, de caráter nacional, determina o recolhimento de todos os lotes dos produtos das marcas mencionadas. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), os cafés foram desclassificados ainda em março, após análises laboratoriais revelarem que os produtos continham matérias estranhas e impurezas acima do limite permitido pela legislação, que é de 1%.
Além disso, os produtos apresentavam irregularidades na rotulagem, como a informação de que continham “polpa de café” e “café torrado e moído”. No entanto, o conteúdo real era composto por ingredientes de qualidade inferior, como grãos crus, resíduos de lavoura e outras impurezas — o que levou os técnicos a classificarem os itens como “café fake”.
Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), Hugo Caruso, os produtos analisados sequer continham café na composição. “Eram feitos com o que chamamos de ‘lixo da lavoura’”, afirmou.
A inspeção que levou à proibição foi precedida de apreensões realizadas em fevereiro deste ano. Na ocasião, os nomes das marcas não foram divulgados, mas os ingredientes encontrados já indicavam que os produtos não poderiam ser considerados alimentos.
Com a proibição oficializada pela Anvisa, os estabelecimentos comerciais e distribuidores estão obrigados a remover imediatamente os produtos das prateleiras. A recomendação aos consumidores é que não adquiram nem utilizem os cafés dessas marcas, caso encontrem algum lote ainda à venda.
Leia também:
O post Anvisa proíbe venda de três marcas de café por conterem toxina e resíduos de lavoura apareceu primeiro em Estado do Pará Online.