O Clube do Remo apresentou, no final da tarde desta terça-feira (3), o executivo de futebol Marcos Braz, de 54 anos, que chega para assumir o cargo deixado por Sérgio Papellin, que saiu para o Fortaleza. O novo mandatário remista mostrou firmeza e convicção nas respostas e ressaltou o projeto e missão de levar o Leão Azul de volta à Série A do Campeonato Brasileiro, coisa que não acontece há 31 anos.
“O que eu trago é o meu empenho, trabalho, transparência de lidar com os fatos. Às vezes sou mal interpretado quanto a isso, mas não vou mudar. Deixo as relações bem claras no dia a dia. Posso trazer a experiência, boas relações. Vou ser mais um a contribuir com o presidente e a diretoria a buscar o objetivo, o qual o Remo já deveria ter há muito tempo pela história, grandeza da torcida. Uma pena estarmos no meio da temporada. Não é desculpa, só algo a se pontuar. Vamos trabalhar e tentar superar as adversidades. Tenho uma preocupação com a logística devido à geografia, mas vamos buscar o sonho de voltar à elite do futebol brasileiro. A difícil tarefa de estar no dia a dia, trabalhando sob pressão, em uma situação que precisa entregar resultados rápidos, porque, se não, não é compreendido o que você está fazendo. Mas tenho facilidade com pressões, as relações que construímos no futebol. Acho que vou poder ajudar e muito o Remo nesse fim de temporada”, destacou.
Marcos Braz apareceu em Belém em janeiro deste ano e gerou alvoroço ao visitar as dependências do clube. Na época, ele disse que só estava visitando amigos. Um mês depois, representou o Clube de Periçá no sorteio da Copa do Brasil na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Mas engana-se quem pensa que ele é novo pela capital paraense.
“Minha relação com o estado do Pará é antiga. Podem achar que estou falando isso para mostrar ser politicamente correto, mas quem me conhece sabe que não faço isso. Tenho amigos aqui, que não são da diretoria do Remo. São amigos antigos e eu sempre vinha para cá. Não era conhecido e passava batido. Nas últimas vezes, foram diferentes. É a grandeza do projeto e, principalmente, as pessoas envolvidas, o presidente Antônio Carlos e a diretoria que estou conhecendo e alinhando para alcançarmos o objetivo no final do ano”, ressaltou.
Marcos Braz tem um currículo que dispensa comentários. Na história do Flamengo, ele é muito lembrado pelos títulos da geração vitoriosa que passou pelo clube, sendo comandada por Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta, Everton Ribeiro e companhia, mas muitos esquecem que ele foi vice-presidente do Mengão em 2009, ano do título brasileiro que quebrou o jejum de 18 anos do clube sem conquistar a elite.
“Primeiro, eu queria lembrar que trabalhei em dois Flamengos. No poderoso e no lá de trás. Graças a Deus, em 2009, era outro orçamento, e o Flamengo foi campeão brasileiro após 18 anos. Eu tinha 36 anos, tinha um jogador mais velho que eu. Também trabalhei na adversidade no Flamengo, com salários atrasados, com situações adversas. Quem vê minha imagem hoje, atrelada somente ao Flamengo robusto como é, com orçamento poderoso, talvez não conheça o Marcos Braz, que lá atrás teve que contratar jogadores sem poder gastar muito. Acho que tenho uma experiência nessas adversidades, não que o Remo esteja assim. Estamos com os salários em dia, todos os compromissos em ordem, mas para quem acha que só trabalhei em um tipo de Flamengo, isso não é verídico. Estou acostumado a trabalhar em qualquer tipo de mercado”, finalizou.
Leia Mais:
O post “O Remo já deveria estar na Série A”: Marcos Braz inicia missão em Belém apareceu primeiro em Estado do Pará Online.