A cidade de Gurupá, no arquipélago do Marajó, enfrenta uma crise político-administrativa marcada por denúncias de desvio de recursos públicos, nepotismo e confrontos dentro da própria Câmara de Vereadores. A situação tem gerado indignação entre moradores e causado instabilidade no poder legislativo municipal.
Nas últimas semanas, circularam vídeos nas redes sociais mostrando cenas de tensão na cidade. Portas da Câmara foram quebradas, e a sessão foi invadida por um grupo em apoio à prefeita.
A crise tem como pano de fundo o crescente número de denúncias contra a prefeita Maria Iracilda de Almeida Alho (MDB), que, segundo vereadores, vem sendo blindada por sua irmã, Moacira Alho, atual presidente da Câmara. Documentos obtidos pelo Epol mostram que Moacira tem arquivado denúncias contra a prefeita, como um pedido apresentado por Ediclei de Souza Andrade, que relatava a situação precária das escolas do município.
Obras paradas e verbas sob suspeita
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram obras inacabadas, enquanto moradores enfrentam problemas com iluminação pública, buracos nas ruas e abandono de espaços públicos. Vereadores representantes relataram ter tido acesso a um extrato bancário do Fundeb que aponta movimentações suspeitas de mais de R$ 4,5 milhões entre janeiro e maio de 2025, com indícios de desvio de finalidade no uso dos recursos destinados à educação.
Suspeitas de nepotismo
Outro ponto sensível da crise em Gurupá envolve acusações de nepotismo na administração municipal. Dados do Portal da Transparência e documentos obtidos pelo Epol apontam que diversos cargos estratégicos são ocupados por parentes da prefeita.
O que diz a prefeitura
A redação do Epol entrou em contato com a Prefeitura de Gurupá, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve retorno sobre as denúncias envolvendo a prefeita.
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