Bienal do Rio lança livro inédito de Ziraldo descoberto em manuscrito

A Bienal do Livro do Rio apresentará de 13 a 22 de junho a obra inédita “O caminho das sete tias”, de Ziraldo. O livro foi encontrado em um manuscrito datilografado da década de 1990, com anotações do autor e a instrução para que não fosse publicado à época. A obra será lançada pela Editora Melhoramentos. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo nesta 5ª feira (12.jun.2025).

O texto, sem ilustrações, foi localizado no início de 2025 durante uma revisão de arquivos da editora. A diretora de Novos Negócios da Melhoramentos, Carolina Alcoforado, identificou o inédito como parte da coleção Tias, que já contava com 3 títulos publicados em 1996.

No novo livro, Ziraldo apresenta um conto de fadas rimado em que um príncipe, diante da infelicidade, é guiado por 7 tias mágicas. Cada personagem representa um dia da semana, um planeta, uma cor, um pecado capital e uma nota musical —temas recorrentes na obra do autor.

Depois da descoberta, o manuscrito foi enviado ao Instituto Ziraldo, responsável pelo projeto gráfico da nova edição.

A Bienal também prestará homenagens ao autor mineiro, incluindo o lançamento da biografia Peixe grande, um mural grafitado e mesas de debate sobre sua obra. O Mural Ziraldo, criado pelo grafiteiro Gardpam, ocupa 485 m² do Riocentro e reúne personagens como a Turma do Pererê, a Supermãe e a Professora Muito Maluquinha. Uma seção retrata o próprio Ziraldo com uma panela na cabeça, em alusão ao Menino Maluquinho.

Na 6ª feira (13.jun.2025), às 14h, a mesa “Ziraldo: cidadão do mundo” discutirá a frase “ler é mais importante que estudar”, recorrente no discurso do artista. O debate será mediado por Adriana Lins e contará com Guto Lins, Cristino Wapichana, Anna Claudia Ramos e Mariana Salvadori, da Unesco.

Na 4ª feira (18.jun), às 10h30, haverá uma performance de Flora Manga inspirada nas obras Uma professora muito maluquinha — que completa 30 anos em 2025 — e O caminho das sete tias. Às 19h, será exibido o documentário Ziraldo, era uma vez um menino, dirigido por sua filha, Fabrizia Pinto.