Museu Goeldi é fechado para visitações após morte de ave com suspeita de gripe aviária

Uma ave silvestre da espécie mutum-cavalo (Pauxi tuberosa), moradora antiga do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém (PA), morreu após apresentar sintomas de comprometimento respiratório. A morte ocorreu durante atendimento da equipe veterinária do museu e levantou suspeitas de infecção por gripe aviária (H5N1).

Em nota, o Museu Goeldi informou que, como medida preventiva, a visitação ao Parque Zoobotânico está temporariamente suspensa a partir desta quarta-feira (11). A instituição notificou a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), que realizou a coleta de material biológico para análise laboratorial.

Segundo a Adepará, não há registros de gripe aviária no Pará, mas o material foi enviado para um laboratório oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O resultado deve sair em até 72 horas.

A decisão de suspender a visitação segue os protocolos de biossegurança do Mapa, adotados em casos suspeitos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade. Desde 2023, o Brasil já confirmou casos em aves silvestres, principalmente no litoral. O primeiro caso em granja comercial ocorreu apenas em maio de 2025, no município de Montenegro (RS), impactando as exportações de carne de aves do país.

Apesar de não haver transmissão entre humanos registrada no Brasil, o vírus H5N1 é altamente contagioso entre aves e pode ser letal, especialmente em ambientes de criação ou cativeiro. Os principais sintomas nas aves incluem dificuldades respiratórias, apatia, inchaço e morte súbita.

Enquanto aguarda os laudos, o Museu Goeldi reforçou que está adotando medidas sanitárias de controle e segurança para proteger os demais animais sob seus cuidados e manterá o público informado sobre qualquer atualização do caso.

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